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Peixe-boi ameaçado de extinção volta a rio 6 anos após resgate

Victor Maracá foi encontrado encalhado em praia em 2013 e hoje tem cerca de 300 quilos

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Peixe-boi
1 de 1 Peixe-boi - Foto: Divulgação/Ibama

Em Oiapoque, no extremo norte do Amapá, o peixe-boi chamado “Victor Maracá” agora explora um novo espaço, após viver durante 6 anos em uma piscina: ele foi levado para um rio na Aldeia do Manga. A soltura aconteceu após um ano de mobilização de órgãos ligados à área ambiental para realizar esta etapa da reintrodução do animal à natureza. As informações são do G1.

O animal, que foi resgatado em 2013 em uma praia do município de Amapá após se perder da mãe, recebeu cuidados diários ao longo desses anos no Centro de Triagem de Animas Silvestres (Cetas). Agora saudável, “Victor Maracá” já ultrapassou os 300 quilos de peso distribuídos em 2,35 metros. O animal é espécie híbrida do peixe-boi marinho com o peixe-boi amazônico – de água doce.

A operação, liderada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), contou com apoio da comunidade, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Exército Brasileiro.

De acordo com a superintendente do Ibama, Marinete Pantoja, a soltura aconteceu na manhã do dia 30 de outubro.

“Ele está ainda se alimentando com ajuda das pessoas. Ele vivia em uma piscina, agora está no rio. Já começa a viver no habitat natural dele. Ele está se aclimatando e aos poucos vai tendo mais espaço, se sentindo mais forte, com a musculatura mais forte. Isso é importante para a gente ter certeza que ele vai ficar bem”, comentou Marinete.

Voadeira
O animal viajou cerca de 10 horas por 590 quilômetros da BR-156, entre Macapá e Oiapoque, através de uma logística arriscada, porém, cuidadosa, acompanhada por profissionais especializados. Inicialmente a ideia era fazer o transporte por avião, mas não foi possível.

Até o exato local da soltura, ele também precisou ser levado em uma embarcação chamada “voadeira”.

O animal recebeu um cordão para a adaptação dele ser monitorada através de GPS. Ele viverá pelo período de 3 a 6 meses em um semicativeiro, que é um espaço no rio que foi cercado.

Ele também é acompanhado por profissionais do Ibama, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e também por pessoas da aldeia. A ideia é que ele ganhe resistência para sobreviver no habitat natural.

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