Operação Verde Brasil na Amazônia aplicou R$ 36,3 milhões em multas
Ministério da Defesa fez balanço do primeiro mês das ações de combate aos incêndios e desmatamentos na região amazônica
atualizado
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O ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, comemorou nesta segunda-feira (23/09/2019) o que considera bons resultados do primeiro mês da Operação Verde Brasil, lançada para combater desmatamentos e queimadas na Amazônia. O esforço concentrado acabaria nesta terça (24/09/2019), mas foi prorrogado por mais um mês pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“O combate foi efetivo, foi uma resposta que o governo deu, que me deixou muito satisfeito. O quadro na Amazônia é outro, com muito menos focos de calor. Tem preocupações ainda, no norte de Mato Grosso, no sul do Pará e na área de Tocantins e Maranhão, mas está muito melhor do que há um mês”, disse o ministro, em entrevista na sede do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), em Brasília (DF).
De acordo com o balanço divulgado pela pasta, foram aplicados 112 termos de infração nos estados da Amazônia Legal desde o início da operação. Ao todo, foram R$ 36,3 milhões em multas. Também foram presas 63 pessoas e 28 veículos foram apreendidos. Não há detalhes sobre a natureza das autuações ou motivo das prisões.
No período de um mês, segundo os dados oficiais, foram combatidos 571 focos de incêndio por meio terrestre e 321 focos por meio aéreo. Também foram apreendidos 20 mil metros cúbicos de madeira ilegal e fechadas quatro madeireiras. Ainda segundo o balanço, ao todo há 8.170 agentes públicos envolvidos na operação, entre militares e integrantes de órgãos federais, estaduais e municipais.
Não tão grave
Foram empregadas 143 viaturas, 12 aeronaves e 87 embarcações. Azevedo e Silva falou ainda sobre a percepção midiática da situação. “A Amazônia está queimando, mas não tão grave quanto foi dito. Na média, está dentro do que aconteceu nos últimos anos, mas agosto realmente teve mais focos de calor do que no ano anterior, então preocupou”, afirmou.
“Principalmente de fora [do país], o que ouvíamos era que a Amazônia estava em chamas. Mas nossa operação mostrou que os números não estavam distantes da média. A floresta úmida está preservada. Não estou dizendo que isso ai é bom, pois ter queimada não é bom”, avaliou.
Custos
O ministro da Defesa disse ainda que a operação recebeu R$ 38,5 milhões para este primeiro mês e gastou tudo e ainda R$ 11 milhões a mais. “Para equalizar essa conta e continuar a atuar, tivemos liberados no descontingenciamento R$ 50 milhões e no futuro deveremos receber mais R$ 36 milhões para novas operações, chegando a R$ 86 milhões”.