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Mudança do clima pode custar US$ 17 tri à América do Sul em 50 anos

Estudo da Deloitte afirma as alterações do clima podem causar perdas de 18 milhões de empregos. Contudo, situação ainda pode ser revertida

atualizado

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Fotografia colorida de tempestade em região de mata
1 de 1 Fotografia colorida de tempestade em região de mata - Foto: Reprodução

Caso as mudanças climáticas não sejam revertidas, os cofres da América do Sul poderão sofrer um rombo de até US$ 17 trilhões, além da perda de 18 milhões de empregos até 2070. Os dados foram divulgados pela consultora Deloitte Economics Institute durante o Fórum Econômico Mundial 2022 que acontece em Davos, na Suíça.

Caso o aquecimento global seja limitado a até 1,5°C, meta estabelecida no Acordo de Paris, a América do Sul reverteria essa projeção e poderia gerar mais dois milhões de empregos e US$ 150 bilhões a mais de PIB nos próximos anos, segundo o estudo The Turning Point – Um novo clima econômico na América do Sul.

Os setores que serão mais afetados pela mudança climática são os relacionados a agricultura, saúde, manufatura, infraestrutura e finanças. Deloitte destaca que a produção de alimentos será a mais abalada pelas por causa da sua vulnerabilidade aos riscos climáticos.

No Brasil, secas ou inundações podem afetar as safras, o que poderia aumentar os pagamentos de seguro agrícola no país, tornando os produtos mais caros para seguradoras, produtores e contribuintes.

Brasil como potência

O estudo revela que o Brasil ainda se mantém como potencial líder na transição global para “um mundo resiliente ao clima, considerando sua riqueza de recursos naturais”. Com os setores agrícola e de uso do solo como os principais emissores de gases de efeito estufa, o país possui uma grande capacidade para o sequestro de carbono para que em 2060 as emissões do país sejam negativas.

“Investimentos significativos em transmissão e armazenamento de eletricidade permitiriam que os países da América do Sul aproveitem recursos renováveis baratos”, destaca a Deloitte.

O mercado de carbono pode ser uma saída para investimentos e no desenvolvimento de políticas mais sustentáveis nos países da América do Sul, aponta a consultora.

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