Mourão nega que sabia de dados sobre desmatamento antes da COP26
Data de documento publicado na quinta pelo Inpe revelaram que o governo tinha conhecimento do aumento do desmatamento no país
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) negou que tinha conhecimento prévio de dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite-Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), antes da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26).
A data de 27 de outubro na nota técnica que apontou alta nos índices de desmatamento revelou que o péssimo resultado já era sabido pelas autoridades, mas apenas agora foi publicado. A COP26, realizada em Glasgow, na Escócia, começou quatro dias depois que as informações sobre o desmatamento tinham sido liberadas.
“Não sei quem ‘seguraram'”, ironizou Mourão, na manhã desta sexta-feira (19/11). Questionado por jornalistas quando havia tomado conhecimento dos dados, Mourão respondeu: “Eu só tomei conhecimento deles ontem de manhã”.
O presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (Cnal) disse também não acreditar que houve uma retenção proposital das estimativas. “Não acredito nisso [que houve omissão, em virtude da COP26]. Isso aí não passou por mim, então, eu não posso dizer algo dessa natureza, porque seria uma leviandade da minha parte”, salientou o general.
Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite-Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), publicados na quinta-feira (18/11), mostraram que o desmatamento na Amazônia, nos 12 meses entre agosto de 2020 e julho de 2021, foi o maior para esse intervalo de tempo desde 2006. Com um total de 13,235 mil km² árvores perdidas no último ano.
Veja a íntegra do documento, publicado na página do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações:
Nota técnica desmatamento da Amazônia Legal by Metropoles on Scribd