Mourão: desmatamento cresce devido à “pressão” por áreas desocupadas
O general fez a declaração para justificar dados divulgados na quinta-feira (18/11) que revelam uma alta no desmatamento na Amazônia
atualizado
Compartilhar notícia
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) justificou os dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite-Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), publicados nesta quinta-feira (18/11). De acordo com o general, o desmatamento aumentou em decorrência do avanço sobre “terras não ocupadas na Amazônia”.
“Olha, o que acontece é o seguinte, existe uma pressão do avanço, não vou dizer da civilização, mas um avanço das pessoas que moram no Centro-Sul do Brasil para áreas de terras não ocupadas na Amazônia. Então, há essa pressão”, explicou o general, que também preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal (Cnal).
Os dados do Inpe revelaram que o desmatamento na Amazônia, nos 12 meses entre agosto de 2020 e julho de 2021, foi o maior para esse intervalo de tempo desde 2006. Houve uma perda de 13,235 mil km² nesse período.
O general disse que não era conveniente “se desfazer” dos números, mas relativizou os valores, em comparação com o tamanho do bioma.
“Sem desfazer dos números, obviamente, que não são bons, a gente tem que olhar o tamanho da Amazônia, né? Vamos ver que a Amazônia Legal tem 5 milhões de quilômetros quadrados, então nós tivemos 13 mil quilômetros de desmatamento, isso dá 0,23% da Amazônia que teria sido desmatado. Independente do valor absoluto estar colocado”, explicou Mourão.
“A gente tem que entender onde ocorreram as maiores ilegalidades. Por exemplo, o maior aumento: o maior desmatador é o Pará, mas o maior aumento não foi no Pará, e sim, no Amazonas, especificamente na região sul do Amazonas. Então é outra área onde tá acontecendo um avanço de gente em busca de teto”, continuou Mourão sobre a antropização do território amazônico.