Mourão anuncia reforço do Exército para retirar óleo de praias
Cerca de 5 mil militares, da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, em Recife (PE), vão atuar nas ações de limpeza do litoral
atualizado
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O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, comunicou nesta segunda-feira (21/10/2019) que cerca de 5 mil militares, da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, em Recife (PE), vão reforçar as ações de limpeza das praias atingidas por óleo. “Fora equipamentos que estão sendo distribuídos à Defesa Civil dos estados e municípios”, disse aos jornalistas, após uma reunião, na hora do almoço, com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e coordenadores das ações para a limpeza das praias.
Segundo o presidente em exercício, o governo trabalha com a hipótese de que o derramamento de óleo tenha ocorrido no mar, próximo ao litoral do Rio Grande do Norte.
“Todo os sistemas de inteligência estão trabalhando para tentar chegar à conclusão de onde partiu esse óleo. A área a gente já sabe, no bico do Rio Grande do Norte, antes de fazer a curva para o norte do Brasil. Pelo trânsito das correntes marinhas, se acredita que dali teria saído esse óleo. Aí, agora é cruzar dados”, informou Mourão.
Mourão frisou ainda que o ministro de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, reúne-se nesta segunda com os governadores da Bahia, Rui Costa (PT), e de Sergipe, Belivaldo Chagas Silva, para organizar esforços.
Nesta terça-feira (22/10/2019), o ministro da Defesa se encontrará com esses mesmos governadores a fim de coordenar a ajuda para a limpeza das praias. “Então a coisa vai sendo organizada”, disse o presidente em exercício.
Todo material recolhido, segundo Mourão, está sendo levado para fábricas de cimento que utilizam o óleo na produção de sementeiras.
Mea culpa
O vice de Jair Bolsonaro (PSL) ainda fez uma espécie de “mea culpa”, ao dizer que faltou ao governo comunicar mais as providências tomadas desde o dia 2 de novembro em relação ao óleo que atingiu praias do Nordeste.
Segundo Mourão, o governo acionou os protocolos necessários para eventos dessa natureza no tempo certo, mas faltou comunicação. “Esse acidente é inédito no mundo”, ressalvou. “A juíza já analisou, já mostrou que o governo, desde o dia 2 de setembro, acionou os protocolos correspondentes. Apenas, mais uma vez, nos faltou comunicar mais isso aí”, disse ao sair da reunião.
O interino de Bolsonaro se referiu à decisão tomada pela juíza federal Telma Maria Santos Machado, que reconheceu, em ação apresentada pelo Ministério Público Federal, que o governo teria tomado as providências necessárias em Sergipe.