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Lacre plástico mata de fome um golfinho em extinção no litoral de SP

Instituto que monitora região afirma que diversos pedações de plástico foram encontrados no sistema digestório da toninha

atualizado

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Instituto Biopesca/Divulgação
golfinho toninha
1 de 1 golfinho toninha - Foto: Instituto Biopesca/Divulgação

Um pescador encontrou uma espécie de golfinho de menor porte com um lacre que o impediu de se alimentar. O caso ocorreu no domingo (2/12), próximo a orla de Praia Grande, no litoral de São Paulo. O animal, uma toninha (Pontoporia blainvillei), apresentava sinais de desnutrição e tinha diversos pedaços de plásticos no sistema digestório, segundo o Instituto Biopesca, que faz o monitoramento costeiro da região.

O espécime, já sem vida, ficou preso acidentalmente à rede de pesca que havia sido jogada ao mar. De acordo com o instituto, tratava-se de um macho adulto, que estava visivelmente magro, o que indica que não deveria se alimentar há algum tempo. O lacre plástico em forma de argola impediu o rostro, a estrutura que se assemelha a um bico do cetáceo, de abrir.

 

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No último domingo (2), o Instituto Biopesca recolheu uma toninha (Pontoporia blainvillei), espécie pequena de golfinho ameaçado de extinção, com um lacre no rostro (foto). O animal foi encontrado já sem vida pelo pescador Adriano Vieira, parceiro do Biopesca, após se prender acidentalmente em uma rede de pesca, em Praia Grande (SP). A toninha, um macho adulto, estava muito magra, já que não conseguia se alimentar. “Durante a necropsia, não encontramos nenhum alimento no sistema digestório dela, somente alguns pedaços plásticos”, conta a veterinária Pryscilla Maracini, do Biopesca. Uma alternativa para evitar esse tipo de situação é cortar os lacres antes de descartá-los corretamente. Compartilhem e nos ajudem a conscientizar mais pessoas sobre os impactos da presença de lixo nos mares. #PlanetaSemPlástico #MarSemLixo #MarSemPlastico #PorUmMarSemLixo #PoluiçãoMarinha #MaresLimpos

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Um exame necroscópico também evidenciou que não havia qualquer alimento no sistema digestório, apenas pedaços de plástico. Um dos veterinários ressaltou que a morte deste tipo de golfinho, que está criticamente em perigo de extinção na natureza, evidencia o impacto humano no ecossistema marinho da região.

O Instituto Biopesca recomenda atenção ao descarte de plásticos, principalmente os lacres, que facilmente são engolidos pelos animais marinhos.

Instituto Biopesca/Divulgação

Animal em extinção
A toninha é uma pequena espécie de golfinho que habita águas costeiras do Brasil, Uruguai e Argentina, em profundidades de até 30 metros. Pode ser facilmente identificada pelo pequeno porte e pelo rostro acentuadamente longo e fino, com mais de 200 dentes. Seu corpo tem coloração que pode variar entre tons de marrom, cinza e amarelo e pode alcançar o tamanho máximo de 1,5 metros no litoral de São Paulo.

De acordo com Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, 2015), a toninha se apresenta como vulnerável e na Lista Nacional de Fauna Ameaçada como criticamente em perigo.

Como têm hábitos costeiros, as toninhas são muito vulneráveis às atividades humanas, sendo alvo fácil das capturas acidentais em redes de pesca.

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