Isolado após embate sobre Amazônia, Bolsonaro abre Assembleia da ONU
Com 20 minutos para discursar, Bolsonaro deverá defender a soberania do país e os compromissos ambientais
atualizado
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O governo brasileiro tenta fazer dos corredores das Nações Unidas um palco para gestão da crise diplomática que teve como fator de combustão as falas de Bolsonaro – durante a campanha e já na cadeira de presidente – sobre política ambiental e a exploração da floresta.
Bolsonaro terá 20 minutos para seu discurso. Na fala, deverá defender a soberania do país e os compromissos ambientais. Nos EUA há seis dias, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tem concedido entrevistas à imprensa internacional para afirmar que as queimadas estão dentro de uma média dos últimos 15 anos.
O governo brasileiro tem criticado o que chama de tentativa de intervenção e de ferir a soberania brasileira. Com base neste argumento, Macron foi alvo de ataques. No evento de ontem, o francês quis se mostrar aberto ao diálogo, mas criticou a ausência do Brasil, que detém mais de 60% de todo o bioma amazônico, dividido com outros oito países.
Bolsonaro debateu o texto do discurso com o chanceler Ernesto Araújo, com o ministro de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, com o assessor de Relações Internacionais do Planalto, Filipe Martins, e com seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro.