Ibama desmonta esquema para “esquentar” madeira extraída ilegalmente
Operação do Ibama bloqueou o número recorde de 1,2 milhão de metros cúbicos de madeira e carvão em créditos virtuais no Sinaflor
atualizado
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O operação de combate à exploração ilegal de produtos florestais realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) bloqueou, até o momento, 1,2 milhão de metros cúbicos de madeira e carvão em créditos virtuais no Sistema Nacional de Controle de Produtos Florestais (Sinaflor).
Segundo o Ibama, os créditos eram gerados de forma fraudulentra com o objetivo de legalizar a madeira extraida de forma ilegal para serem comercializadas dentro e fora do país.
Foram fiscalizados 21 empreendimentos localizados no Distrito Federal, Acre, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Roraima e Tocantins. Ao todo, foram aplicados 23 autos de infração, que totalizam R$ 33 milhões.
O total dos créditos bloqueados, avaliados em R$ 2 bilhões, iria encobrir 114,3 mil hectares de floresta explorados ilegalmente ou 34,3 mil hectares desmatados sem autorização dos agentes ambientais.
As fraudes mais recentes presentes na cadeia produtiva estão relacionadas à aprovação de planos de manejo florestal, ao registro de conversões de tora para madeira serrada, às espécies autorizadas para extração e comercialização, ao uso do mesmo Documento de Origem Florestal (DOF) para transporte de várias cargas e à falta de baixa nos créditos após a venda final do produto.
A madeira e o carvão ilegal foram bloqueados no âmbito da Operação Metaverso, criada em janeiro de 2023 e formado elo Grupo Especializado de Fiscalização de Fraudes no Sistema de Controle Florestal (Gedof).