Greta Thunberg: índios são mortos por tentarem proteger floresta
“É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso”, disse a ativista sobre ataque que resultou em duas mortes no Maranhão
atualizado
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A jovem ativista sueca Greta Thunberg, um dos principais nomes pela luta contra os efeitos das mudanças climáticas, afirmou neste domingo (08/12/2019), que os povos indígenas do Brasil estão sendo assassinados por protegerem as florestas. A declaração vem um dia após um ataque a tiros ter deixado duas mortes e dois feridos no Maranhão.
“Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentarem proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso”, escreveu Greta, que compartilhou uma notícia da Al Jazeera reportando o atentado.
No início da tarde desse sábado (07/12/2019), dois índios da etnia guajajara morreram após atentado a balas às margens da BR-226, no município de Jenipapo dos Vieiras, no Maranhão, a 500 quilômetros ao sul da capital São Luís.
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), os indígenas foram atingidos por tiros disparados por ocupantes de um veículo. Antes, em 1º de novembro, Paulo Paulino Guajajara foi morto em uma emboscada na Terra Indígena Arariboia (MA) quando realizava uma ronda contra invasões.
Fridays for future
Greta Thunberg iniciou em agosto de 2018 um movimento que passou a inspirar jovens ao redor do mundo quando começou a faltar às aulas nas sextas-feiras, o Fridays for Future, para pedir ações mais efetivas do governo sueco contra as mudanças climáticas.
Em setembro, às vésperas da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, a greve do clima atraiu 4 milhões de pessoas em mais de 100 países. Em Nova York, com a liderança de Greta, foram cerca de 250 mil pessoas.
Foi também na ONU que a jovem proferiu seu discurso mais contundente até então, quando disse que os jovens não perdoariam os líderes mundiais se eles falhassem com essa geração.