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Governo pretende apresentar projetos de recuperação ambiental na COP27

Brasil chega a Cop27, que ocorre no Egito, com grandes expectativas para acordos para a área de meio ambiente

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Prédio público
1 de 1 Prédio público - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP27) começou nesse domingo (6/11) em Sharm el-Sheikh, no Egito. O evento conta com a participação de diversos países comprometidos com a agenda ambiental, inclusive o Brasil. O governo federal chega ao encontro para apresentar projetos de restauração de vegetação nativa realizados na atual gestão.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de diversas críticas nacionais e internacionais sobre a sua gestão na área ambiental ao longo dos últimos quatro anos. Entretanto, na COP27, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou, nesta segunda-feira (7/11), que o país irá apresentar projetos de silvicultura em todos os biomas brasileiros. Segundo a pasta, a meta é restaurar, pelo menos, 12 milhões de hectares até 2030, principalmente em áreas de preservação permanente, reserva legal e terras degradadas com baixa produtividade.

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De acordo com a pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), mais da metade (51%) do desmatamento do último triênio ocorreu em terras públicas, principalmente (83%) em locais de domínio federal
Dois anos após o Dia do Fogo, as queimadas na região voltaram a quebrar recordes anuais. Em 2020, a Amazônia Legal registrou o maior índice dos últimos nove anos (150.783 focos de fogo), um valor 20% maior que no ano anterior e 18% maior que nos últimos cinco anos
Em 2019, Bolsonaro se envolveu em algumas polêmicas ao ser pressionado sobre as medidas para controlar a situação das queimadas na Amazônia. Na época, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o mês de julho havia registrado aumento de 88% nos incêndios, em comparação com o mesmo período do ano anterior
O presidente da República questionou a veracidade das informações e chegou a afirmar que se o relatório fosse verdadeiro a floresta já estaria extinta. O diretor do instituto, Ricardo Galvão, acabou exonerado por causa da qualidade das informações divulgadas pelo órgão
Bolsonaro chegou a culpar as organizações não governamentais (ONGs) pela situação na floresta. Segundo o presidente, o objetivo era enviar as imagens para o exterior e prejudicar o governo
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A destruição de florestas na Amazônia alcançou um novo e alarmante patamar durante o governo Bolsonaro. O desmatamento no bioma aumentou 56,6% entre agosto de 2018 e julho de 2021, em comparação ao mesmo período de 2016 a 2018

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De acordo com a pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), mais da metade (51%) do desmatamento do último triênio ocorreu em terras públicas, principalmente (83%) em locais de domínio federal

Igo Estrela/Metrópoles
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Dois anos após o Dia do Fogo, as queimadas na região voltaram a quebrar recordes anuais. Em 2020, a Amazônia Legal registrou o maior índice dos últimos nove anos (150.783 focos de fogo), um valor 20% maior que no ano anterior e 18% maior que nos últimos cinco anos

Igo Estrela/Metrópoles
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Em 2019, Bolsonaro se envolveu em algumas polêmicas ao ser pressionado sobre as medidas para controlar a situação das queimadas na Amazônia. Na época, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o mês de julho havia registrado aumento de 88% nos incêndios, em comparação com o mesmo período do ano anterior

Fábio Vieira/Metrópoles
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O presidente da República questionou a veracidade das informações e chegou a afirmar que se o relatório fosse verdadeiro a floresta já estaria extinta. O diretor do instituto, Ricardo Galvão, acabou exonerado por causa da qualidade das informações divulgadas pelo órgão

Ricardo Fonseca/ASCOM-MCTIC
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Bolsonaro chegou a culpar as organizações não governamentais (ONGs) pela situação na floresta. Segundo o presidente, o objetivo era enviar as imagens para o exterior e prejudicar o governo

Fábio Vieira/Metrópoles
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Diante da polêmica, o governo lançou edital com o intuito de contratar uma equipe privada para monitorar o desmatamento na Amazônia. O presidente também convocou um gabinete de crise para tratar das queimadas e prometeu tolerância zero com os incêndios florestais

Fotos Igo Estrela/Metrópoles
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Porém, durante os três anos de governo de Jair Bolsonaro, as políticas ambientais foram alvo de críticas devido aos cortes orçamentários, desmonte de políticas de proteção ambiental e enfraquecimento de órgãos ambientais

Reprodução
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Em 2020, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o chefe do Executivo voltou a criar polêmicas ao declarar que os incêndios florestais eram atribuídos a "índios e caboclos" e disse que eles aconteceram em áreas já desmatadas. Além disso, Bolsonaro alegou que o Brasil é vítima de desinformação sobre o meio ambiente

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No ano seguinte, Bolsonaro elogiou a legislação ambiental brasileira e o Código Florestal e enalteceu a Amazônia durante a assembleia. Além disso, disse que o futuro do emprego verde estava no Brasil

Agência Brasil
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Em novembro de 2021, o presidente classificou as notícias negativas sobre a Amazônia como “xaropada”. Contudo, de acordo com o Inpe, a área sob risco tem 877 km², um recorde em relação à série histórica

Lourival Sant’Anna/Agência Estado
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Durante um evento de investidores em Dubai, Jair disse que a Amazônia não pega fogo por ser uma floresta úmida e que estava exatamente igual quando foi descoberta, em 1500

Agência Brasil
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Bolsonaro costuma falar com apoiadores no Palácio da Alvorada todos os dias

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Desmatamento na Amazônia

Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images

 

O ministério declara que a atuação de recuperação faz parte do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) que conta com doação de recursos não-reembolsáveis e trabalha, principalmente, na recuperação de terras na Caatinga, Pantanal e Pampa.

Dados do MapBiomas indicam que o Pampa perdeu 3,4 milhões de hectares nos últimos 37 anos. A vegetação desse bioma é utilizada principalmente pela pecuária e a atividade agrícola.

Outra iniciativa apresentada pelo MMA é o Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica que conta com o apoio financeiro do Banco Alemão de Desenvolvimento. Esse projeto tem como objetivo a recuperação da vegetação e fortalecimento da cadeia produtiva associada à recuperação de mosaicos de áreas protegidas na Bahia, em unidades de conservação da Mata Atlântica central fluminense e unidades de conservação do litoral sul do estado de São Paulo e no Paraná.

O último projeto apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente aos líderes internacionais na COP27 é o Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL-Brasil) para restauração florestal de 29,2 mil hectares na Amazônia, entre os estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia, até 2026.

O projeto conta com mais de R$ 47,2 milhões em investimentos entre 2022 e 2023. Segundo a pasta, serão priorizados a entrega de atividades de restauração florestal com o aporte de aproximadamente R$ 21 milhões no avanço da adequação ambiental de propriedades rurais e na regeneração de áreas nativas na Amazônia.

COP27

Além do governo federal, parlamentares e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irão participar da COP27, no Egito. O evento é um dos principais encontros para acordos na área ambiental nas esferas federal e estaduais, com o financiamento internacional.

Além de Lula, uma importante aliada do petista e ex-ministra do Meio Ambiente também participará do encontro, Marina Silva (Rede) é um nome de grande reputação ambiental internacionalmente.

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