França e UE avaliam doar para o Fundo Amazônia, diz ministra francesa
Em Brasília, chanceler da França afirmou ainda que Macron pode vir ao Brasil ainda neste semestre, para a Cúpula da Amazônia
atualizado
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Em visita a Brasília nesta quarta-feira (8/2), a chanceler da França, Catherine Colonna, afirmou que o governo francês enxerga a importância global do Fundo Amazônia e avalia uma contribuição bilateral ao mecanismo de financiamento a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento da floresta.
Em pronunciamento após reunião com os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do Meio Ambiente, Marina Silva, Colonna declarou que o tema é pauta de discussão na União Europeia.
“Gostaria de enfatizar a importância que damos ao Fundo Amazônia. A França estuda a possibilidade de uma contribuição bilateral, bem como a União Europeia estuda a possibilidade de uma contribuição”, afirmou à imprensa, em coletiva acompanhada de Vieira.
A reunião entre os dois chanceleres é considerada por integrantes da diplomacia como o primeiro passo para a a visita de Macron ao Brasil.
Antes do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esta tarde, a ministra afirmou que o presidente francês, Emmanuel Macron, pode vir a Brasília ainda neste semestre, para participar da Cúpula da Amazônia.
A França é considerada um país amazônico por conta da Guiana Francesa, território ultramarino francês com vastas áreas de floresta tropical — e que faz fronteira com o Brasil.
“O presidente [Macron] está muito feliz em vir ao Brasil. A data poderia ser – eu disse no condicional – poderia ser na Cúpula da Amazônia”, afirmou.
Agenda ambiental
Em relação ao posicionamento global do Brasil, Colonna defendeu que a posse de Lula representa um estreitamento das relações bilaterais, e fortalece a confiança dos países europeus de que o governo brasileiro irá respeitar compromissos ligados à agenda humanitária e ambiental.
A chanceler emendou que a França apoia a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e que, sob o governo Lula, o acordo entre Mercosul e União Europeia deve sair do papel.
“A União Europeia inclui, nos novos acordos que assina com os parceiros, normas ambientais e sociais para que o desenvolvimento ocorra em nome de todos, não apenas dos países ricos”, frisou.”Estamos agora mais confiantes em relação a capacidade do Brasil de respeitar as questões ambientais e de direitos humanos que sejam estabelecidas no acordo”.