“Economia tem que abrir as pernas”, diz Mourão sobre concurso no Ibama
Ministério da Economia autorizou nesta terça-feira a contratação de 1.659 servidores temporários para atuarem em emergências ambientais
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse nesta terça-feira (4/5) que o Ministério da Economia tem que “abrir as pernas” para assegurar a contratação de mais servidores temporários para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
Nesta terça, a pasta autorizou a contratação de 1.659 servidores temporários para atuarem em emergências ambientais.
“É o pessoal do Prevfogo, é a turma que vai combater incêndio, tem brigadista, tem vários cargos, tem de gerente, supervisor… A grande maioria é a turma que vai pro campo mesmo, ali para o combate”, explicou Mourão.
Segundo Mourão, o Ministério da Economia trava a liberação da seleção de mais servidores. “A Economia tem que abrir as pernas um pouco nisso daí, né? Porque a Economia tranca isso aí, essa situação que a gente tá vivendo. Tudo isso é uma negociação”, afirmou na saída de seu gabinete.
O vice-presidente disse esperar que um número grande de pessoas se inscreva no concurso temporário. “Vamos esperar que tenha gente para vir para o edital. Como tem muita gente desempregada, deve aparecer bastante gente”, disse ele.
As 1.659 vagas são distribuídas para os cargos de brigadista, chefe de esquadrão, chefe de brigada e gerente. Conforme a portaria, os profissionais poderão ser contratados já a partir de maio de 2021. Desta forma, o edital pode ser publicado a qualquer momento pelo Ibama.
O prazo de validade dos contratos será de até seis meses, podendo prorrogar até o limite de dois anos.
Veja a íntegra da portaria:
Concursos Ibama e ICMBio
Presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), Mourão vem defendendo a realização de concursos públicos para compor a força do Ibama e também do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Em entrevista ao Fórum Bandnews, na sexta (30/4), Mourão disse que os dois órgãos atuam com somente metade da sua capacidade.
“Nós temos tecnologias que foram desenvolvidas pela Polícia Federal, mas não adianta eu observar um desmatamento em região “x” e não ter a equipe necessária para atuar no combate. Tem que abrir um grande concurso público, não jeito. O Ibama e ICMBio atuam com apenas 50% da capacidade. O candidato, inclusive, já deve ficar ciente onde ele vai trabalhar”, afirmou.