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Desmatamento na Amazônia cai 67% em abril em comparação com 2022

Foram registrados 329 km² de alertas de desmatamento, menor taxa dos últimos três anos. Acumulado dos últimos 9 meses é o maior desde 2015

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Os alertas de desmatamento na Amazônia caíram para 329 km² no último mês de abril, índice que indica redução de 67,9% em comparação com o mesmo período em 2022. A marca representa a menor taxa dos últimos três anos, segundo dados disponíveis no sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A queda, entretanto, não significa que o desmatamento esteja mais brando. As áreas de alerta acumulado permanecem em alta. Nos últimos nove meses, 5.977 km² de floresta foram incluídos na lista de derrubada da mata nativa.

A taxa acumulada é a maior desde 2015, início da série histórica, como explica Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.

Os estados de Amazonas (89 km²), Pará (86 km²) e Mato Grosso (80 km²) são os estados com maiores alertas no mês passado. Apesar da redução nos índices, organizações de proteção ambiental cobram reforço nas medidas de proteção ambiental.

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Ações governamentais

Segundo o porta-voz do Greenpeace, entre os fatores que podem explicar a queda significativa dos alertas em abril estão fatores meteorológicos e iniciativas do governo federal de combate à derrubada de florestas e da atividade de garimpo ilegal. Em especial, a ação coordenada de combate ao garimpo ilegal, exploração clandestina de madeira e outros ilícitos ambientais, considerando que tais práticas criminosas também contribuem para o avanço da destruição das florestas.

“Além disso, houve reestruturação nos ministérios e um aumento significativo no número de atividades de fiscalização ambiental, resultando no aumento de multas e áreas embargadas nos últimos meses”, diz a nota da organização.

Entretanto, Batista pontua que, para continuar avançando na premissa de zerar o desmatamento, o Brasil precisa de uma frente de trabalho estruturada e tecnológica para o combate ao desmatamento na Amazônia.

“É muito importante ter um trabalho integrado entre diversos órgãos, atuando no comando e controle no chão da floresta. É preciso promover inovações tecnológicas, legais e infralegais, considerando que a destruição da floresta hoje é operacionalizada por meios tecnológicos inovadores. Além disso, é preciso atuar diretamente na fiscalização de instituições financeiras que têm co-participação direta no aumento do desmatamento”, pondera.

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