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Dentista é acusado de matar mais de 1 mil onças-pintadas no Acre

Segundo denúncia do Ministério Público Federal, homem integra grupo organizado de caça ilegal que opera há vários anos no Brasil

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1 de 1 onça-pintada - Foto: MPF/Divulgação

Um grupo de caçadores ilegais que atua no interior do Acre foi preso e denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal por agir há vários anos na região promovendo o abate de animais selvagens. O membro mais antigo e ativo do grupo é o dentista Temístocles Barbosa Freire, que, segundo a investigação, matou mais de 1 mil onças-pintadas ao longo de três décadas.

No total, sete homens foram presos pela polícia, sob suspeita de terem matado milhares de animais ameaçados de extinção. Segundo a denúncia, os criminosos caçavam principalmente onças-pintadas (Panthera onca), capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), catetos ou porcos-do-mato (Pecari tajacu) e veados-mateiros (Mazama americana).

Além do dentista, viraram réus na ação penal: Dória de Lucena Júnior (médico), Sinézio Adriano de Oliveira (servidor do Poder Judiciário), Gilvan Souza Nunes (agricultor), Gisleno José Oliveira de Araújo Sá (agente penitenciário), Manoel Alves de Oliveira (eletricista), Sebastião Júnior de Oliveira Costa, Reginaldo Ribeiro da Silva e Gersildo dos Santos Araújo, os três últimos sem a profissão divulgada.

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A polícia prendeu sete homens, sob suspeita de ter matado milhares de animais ameaçados de extinção
O membro mais antigo e ativo do grupo é o dentista Temístocles Barbosa Freire, que teria matado mais de mil onças-pintadas ao longo de três décadas
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Um grupo de caçadores ilegais que atua no interior do Acre foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal por agir há vários anos na região promovendo o abate de animais selvagens

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A polícia prendeu sete homens, sob suspeita de ter matado milhares de animais ameaçados de extinção

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O membro mais antigo e ativo do grupo é o dentista Temístocles Barbosa Freire, que teria matado mais de mil onças-pintadas ao longo de três décadas

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Na investigação foram feitas escutas telefônicas, monitoramento dos celulares dos envolvidos e recolhimento de fotos e vídeos onde os acusados registravam as caças e os animais sendo mortos. Os relatórios indicam que as autoridades brasileiras hackearam as conversas do grupo e o monitorou por ao menos três meses antes de fazer as prisões. Nesse período, houve 11 casos de caça furtiva, durante os quais oito jaguares, 13 capivaras, 10 cães e dois cervos mortos foram mortos.

Imagens anexadas à denúncia mostram o dentista carregando nas costas um jaguar morto, rodeado de cães de caça. De acordo com o MPF, ele praticava a caça ilegal desde 1987. O modus operandi adotado por ele e o bando, segundo a denúncia, consistia na utilização do toque de uma cuíca para atrair onças-pintadas. As caçadas eram sempre agendadas por meio de contato telefônico.

A denúncia do MPF foi oferecida à Justiça Federal em 1º de julho, mas as investigações continuam. Os réus podem receber penas de prisão e multa, que variam de acordo com a participação de cada um nos crimes cometidos.

Caça proibida
A onça-pintada é o maior felino da América Latina e está listada na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Selvagens (Cites), que proíbe o comércio internacional de todo ou parte dos espécimes. É proibida a caça de onças-pintadas na Argentina, Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Suriname, Estados Unidos e Venezuela. O animal é listado como “quase ameaçado” na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza.

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