CNI: punição a produtos do país por queimadas na Amazônia é “injusta”
A entidade afirma que os questionamentos sobre a responsabilidade ambiental da indústria brasileira são consequências de “desinformação”
atualizado
Compartilhar notícia
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) repudia a decisão de importadores de suspender a compra de couro brasileiro. O órgão considera as tentativas de vincular a exportação de produtos industriais brasileiros às queimadas na Amazônia “erradas e injustas”.
A entidade sustenta que o questionamento de empresários chineses sobre a sustentabilidade dos produtos brasileiros e outros fatos recentes demonstra “desinformação” sobre a responsabilidade ambiental da indústria brasileira. “A Amazônia é um patrimônio de fundamental importância para o Brasil, sobretudo pela sua megadiversidade biológica, que abriga 20% do total de espécies de plantas e animais do planeta. Trata-se de uma riqueza potencial para ser desenvolvida e a indústria nacional é uma das principais interessadas no seu uso sustentável”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Robson ressaltou também que a indústria brasileira está comprometida com a sustentabilidade ambiental. Atualmente, o Brasil é responsável por 2% das emissões globais de CO2, sexta posição entre os países que fazem parte do Acordo de Paris. O último relatório da ONU Meio Ambiente, Emission Gap Report 2018, mostra que o Brasil, juntamente com China e Japão, são os países que estão no caminho para cumprir as metas do Acordo. O tratado foi assinado por 195 países.
Nos últimos 15 anos, o Brasil investiu US$ 32 bilhões em projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa, o que resultou na redução de emissões de 124 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. “Nos últimos três acordos de comércio assinados pelo Brasil – o bilateral com o Chile, o Mercosul-União Europeia e o Mercosul-EFTA –, a indústria brasileira assumiu compromissos ambiciosos no capítulo de desenvolvimento sustentável”, acrescenta o presidente da CNI.