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Câmara aprova MP que afrouxa combate ao desmatamento na Mata Atlântica

Medida Provisória foi assinada pelo ex-presidente Bolsonaro e tenta flexibilizar a legislação que protege a Mata Atlântica

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Foto colorida da Mata Atlântica ainda presente em São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida da Mata Atlântica ainda presente em São Paulo - Metrópoles - Foto: Getty Images/ Lucas Ninno

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (24/5), medida provisória que altera a Lei da Mata Atlântica e flexibiliza ferramentas de controle ao desmatamento no bioma. Dispositivo havia sido retirado do texto assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a tramitação no Senado Federal.

“A Câmara dos Deputados desconsiderou a votação do Senado que impugnou matérias alheias e inconstitucionais à MP 1150 que alteram a Lei da Mata Atlântica. Os chamados jabutis foram recolocados no texto pelos deputados”, lamentou a SOS Mata Atlântica nas redes sociais.

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Manifestação acontece após aprovação da medida provisória que afrouxa Lei da Mata Atlântica
Projeção aconteceu na Rua Caio Prado, no centro de São Paulo
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A fundação SOS Mata Atlântica projetou uma mensagem pela proteção do bioma em São Paulo

SOS Mata Atlântica
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Manifestação acontece após aprovação da medida provisória que afrouxa Lei da Mata Atlântica

SOS Mata Atlântica
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Projeção aconteceu na Rua Caio Prado, no centro de São Paulo

SOS Mata Atlântica

O texto foi votado na Câmara dos Deputados no fim de março e retornou para votar mudanças realizadas no Senado.

A medida provisória previa, inicialmente, apenas a prorrogação da inscrição no Programa de Regularização Ambiental (PRA) em 180 dias após convocação para apresentar documentos do território pelo órgão estadual responsável pela área ambiental. O PRA é um dispositivo do Código Florestal para a adequação e promoção da regularização ambiental das propriedades rurais.

No entanto, o relator do texto, o deputado federal e ex-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) Sérgio Souza (MDB-PR), adicionou dispositivos à proposta. Entre elas, a permissão do desmatamento em vegetação primária e secundária que apresentam um estado avançado de regeneração.

Além disso, a medida provisória também reduz dispositivos para salvaguardar a ocupação de áreas de preservação permanente urbanas (APPs), o que poderá intensificar a ocupação de locais de risco, como morros e encostas.

Agora, o texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que poderá vetar a medida provisória apresentada pelo seu antecessor e alvo de crítica de defensores do meio ambiente.

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