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Brasil ignora o desmatamento e expõe ideias para agricultura na COP27

Governo federal chega a COP27 com propostas para a atividade agricultura brasileira com o intuito de diminuir o impacto ambiental

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Vosmar Rosa
Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e o ministro da Agricultura, Marcos Pontes, em conversa sobre a COP27
1 de 1 Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e o ministro da Agricultura, Marcos Pontes, em conversa sobre a COP27 - Foto: Vosmar Rosa

Os ministros do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, participaram de um painel sobre agricultura e clima durante o segundo dia da Conferência Climática das Nações Unidas (COP27) nesta quarta-feira (9/11).

Joaquim Leite viajará para a COP27, que acontece no Egito, no próximo dia 15 de novembro. Até lá, o ministro irá participar de debates on-line com autoridades brasileiras sobre o meio ambiente.

O debate desta quarta-feira aconteceu no Espaço Brasil, montado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. No encontro, Marcos Montes destacou o avanço da atividade agrícola no Brasil nos últimos anos e o papel do país como um dos principais exportadores de alimentos. “O Brasil é um país de vanguarda no mundo, que produz milhões de toneladas, alimenta um bilhão de pessoas e preserva 66% de seu território”

O governo federal destacou o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC) entre uma das propostas para agricultura sustentável.

A proposta do Ministério da Agricultura tem como objetivo adotar medidas para diminuir o impacto ambiental da atividade agrícola no Brasil. A agricultura brasileira é um dos principais setores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa no país.

“O mais preocupante é que, mesmo com os compromissos assumidos pelo país em sua NDC (a meta no Acordo de Paris), no Compromisso Global do Metano e no Plano ABC, que tem mais de 10 anos, em 2021, tivemos o recorde de emissões para a pecuária e a agricultura do Brasil”, salienta a coordenadora de Clima e Cadeias Agropecuárias do Imaflora, Renata Potenza, na 10ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (Seeg).

“A nossa agricultura tradicional é a maior agricultura regenerativa do mundo por uma característica da nossa agricultura tropical, que protege o solo, que melhora o solo, que fixa carbono no solo e ao mesmo tempo cuida de florestas nas áreas de reserva legal, de preservação permanente, cuida de suas nascentes, cuida do seu solo em relação à erosão”, destacou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, nesta quarta.

Durante o encontro, Leite destacou também o Programa Nacional de Redução de Metano de Resíduos Orgânicos (Metano Zero), que tem como objetivo o incentivo aos produtores agrícolas para o aproveitamento energético.

Uma das metas estabelecidas pelo Brasil na COP26, na Escócia, é a redução em 30% das emissões de metano até 2030. Entretanto, levantamento do Observatório do Clima apontou que 81% das liberações do gás acontecem em decorrência de incêndios florestais em áreas desmatadas no Brasil.

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