metropoles.com

Bolsonaro edita MP que facilita o mercado de créditos de carbono

Nos últimos dias de seu mandato, presidente Bolsonaro assinou uma medida provisória que torna as florestas brasileiras em ativos financeiros

atualizado

Compartilhar notícia

LeoFFreitas/ Getty Images
Fotografia de cima de uma parte da floresta Amazônica - Metrópoles
1 de 1 Fotografia de cima de uma parte da floresta Amazônica - Metrópoles - Foto: LeoFFreitas/ Getty Images

O presidente Jair Bolsonaro (PL) editou uma medida provisória (MP 1.151/2022) que tem como objetivos estimular o mercado de créditos de carbono no Brasil e incentivar a conservação das florestas. O texto foi publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (27/12).

O mercado de crédito de carbono foi estabelecido durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) em Kyoto, no Japão, em 1997. O documento assinado pelos países signatários tem como propósito estabelecer como meta a redução das emissões de efeito estufa em até 5,2%.

“Ao incluir créditos de carbono, créditos de biodiversidade e serviços ambientais em concessões de florestas e terras públicas e legalizar o ativo ambiental de vegetação nativa, a MP 1.151/22 é o maior instrumento de valorização do patrimônio ambiental e conservação de biodiversidade e florestas nativas que o país já criou”, destaca o Secretário Nacional da Amazônia e Serviços Ambientais, Marcelo Donnini Freire.

Nas redes sociais, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, comemorou a aprovação da medida provisória. Veja:

Recursos genéticos

O texto sugere que a concessão de florestas públicas seja realizada para o comércio direto de créditos de carbonos e o acesso ao patrimônio genético das florestas brasileiras. Com a assinatura da medida provisória, as unidades de conservação do país irão realizar uma transição de passivo econômico para ativo, uma extensão para aumentar a capacidade de conservação ambiental.

Por outro lado, o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) considera que o texto não apresenta uma regra sobre a mudança de concessão para exploração de recursos genéticos.

“A exploração tem acesso a recursos genéticos sem cumprir a própria lei de acesso aos recursos genéticos, que garante a participação, por exemplo, de comunidades que tenham conhecimento tradicional associado a esses recursos”, afirma o deputado Tatto.

A concessão das florestas públicas continuará sob a responsabilidade do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), após aprovação do Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?