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Bolsonaro assina decreto que autoriza Forças Armadas na Amazônia

Governadores dos estados da área da Amazônia Legal que fizerem o pedido serão atendidos. Solicitação de Roraima foi feita nesta tarde

atualizado

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Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) autorizou o emprego de Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), de 24 de agosto a 24 de setembro, para o combate aos incêndios na Amazônia Legal, conforme a demanda de governadores dos estados da região. O decreto será publicado em edição Extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira (23/08/2019).

O primeiro pedido foi realizado pelo governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), nesta tarde, no Palácio do Planalto. De acordo com ele, a solicitação foi feita de forma preventiva, já que os focos de incêndio estão controlados no momento. Não há data, portanto, para que as Forças Armadas iniciem o trabalho de apoio no local.

Às 20h30, o presidente da República fará um pronunciamento oficial em cadeia nacional de rádio e televisão sobre medidas adotadas para o combate ao fogo e ao desmatamento na floresta.

Reunião em Brasília
“Os estados da região amazônica não têm condições hoje de fazer o combate a incêndios florestais, por isso estamos solicitando ajuda do governo federal”, explicou.

Segundo Denarium, o presidente Bolsonaro deve receber os nove governantes dos estados que fazem parte da Amazônia Legal na próxima terça-feira (27/08/2019) para tratar sobre o assunto. Além de Roraima, são: Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

Durante a tarde, Bolsonaro se reuniu com os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Jorge Antonio de Oliveira (Secretaria-Geral), e o secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini, para definir ações de governo relacionadas à Amazônia.

Bolsonaro já havia assinado, na quinta-feira (22/08/2019), um despacho convocando toda a equipe ministerial para agir, dentro das respectivas competências, para amenizar a situação causada pelos incêndios. A decisão foi tomada depois de uma reunião de última hora com oito ministros no Planalto.

Críticas no mundo

A política ambiental do governo tem sido alvo de críticas no Brasil e no exterior. França, Irlanda, Alemanha, Canadá e Estados Unidos declararam preocupação com o aumento do desmatamento e do número de incêndios na Amazônia.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou mais cedo que Bolsonaro “mentiu” sobre o compromisso com o meio ambiente. Macron anunciou que, diante do contexto do país, ele se opõe ao acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul.

No Twitter, o presidente da República rebateu as críticas do governo francês. Bolsonaro disse lamentar as declarações de Macron. “Lamento a posição de um chefe de Estado, como o da França, se dirigir ao PR brasileiro como ‘mentiroso’”, escreveu.

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