metropoles.com

Barragem que deixou cidade goiana embaixo d’água está condenada

Conclusão foi apresentada pela força-tarefa de técnicos da Secretaria de Meio Ambiente que avalia os impactos do rompimento

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Foto: Reprodução
rompimento-barragem-pontalina-goias-3
1 de 1 rompimento-barragem-pontalina-goias-3 - Foto: Foto: Reprodução

A força-tarefa do governo de Goiás que avalia o rompimento de barragem em Pontalina (GO) concluiu que não há mais como recuperar a represa, que foi considerada condenada. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), qualquer decisão que o proprietário venha a tomar quanto aos próximos passos deverá ser submetida ao órgão.

O superintendente de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, Robson Disarz, explica que será aplicado ao proprietário um auto de advertência que aponta dois caminhos: a reconstrução total da barragem ou a desativação completa.

De qualquer forma, caberá à pasta dar o crivo técnico para modificações ou para a inutilização da represa “em acordo com a legislação ambiental e de segurança de barragens implementada pelo governo de Goiás”. “Caso a opção seja pelo descomissionamento da estrutura, o proprietário deverá apresentar um cronograma de desativação da barragem, além do projeto de recuperação ambiental da área antes ocupada pelo espelho d’água e seu arredor”, informou Robson.

Nesta sexta-feira (10/01/2020), a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) emitiu laudo apontando negligência quanto à estrutura da barragem.

Após o rompimento, o proprietário já foi multado em R$ 100 mil por quatro irregularidades. A primeira delas havia sido apontada nas primeiras horas depois do acidente: a barragem não estava regularizada, como manda a política de segurança do governo goiano, no sistema de cadastros da Semad.

Também havia problemas na descarga de fundo, que são estruturas para controle de cheias; área inundada que extrapolava o autorizado na outorga; e falhas na manutenção da estrutura da represa.

Ainda de acordo com a Semad, o proprietário pode ter que arcar com outras multas, de natureza ambiental, quando a força-tarefa concluir a análise dos impactos.

Irregular
A represa ficava na fazenda São Lourenço das Guarirobas, na zona rural da cidade, e possuía outorga para o barramento e uso de água e licenciamento ambiental, emitido por Pontalina, mas estava irregular.

Oficialmente, o prazo de regularização da barragem expirou em 31 de dezembro do ano passado, sem que o proprietário se manifestasse sobre o estado de conservação das estruturas.

Ela se rompeu no último sábado (04/01/2020) e, embora não tenha feito vítimas, destruiu casas e deixou desabrigados. A suspeita é que o volume de chuvas tenha causado o acidente.

A força-tarefa ainda avalia, contudo, se outros rios da região podem ter contribuído para a inundação da cidade. A concessionária de água e energia de Goiás, Saneago, por exemplo, teve sua casa de máquinas inundada – mas as investigações mostraram que a água não veio da barragem.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?