Após encontrar irregularidades, Salles cortará recursos para ONGs
Segundo o ministro do Meio Ambiente, a pasta fez um levantamento em conjunto com a Controladoria-Geral da União
atualizado
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o governo vai estimular empresas privadas a disputarem com organizações não governamentais (ONGs) os recursos privados do Fundo da Amazônia. A declaração foi dada à Veja, nesta sexta-feira (17/05/2019). Ele acusa, após levantamento feito pela pasta e pela Controladoria-Geral da União (CGU), organizações de terem feito uma série de irregularidades.
“Nos últimos 10 anos, 60 ONGs receberam R$ 800 milhões do Fundo da Amazônia, que é destinado a atividades de preservação, fiscalização e fomento de cadeias produtivas. Só que sob essa rubrica se aprovou muita coisa que é fumaça”, afirmou o ministro do Meio Ambiente.
Durante o levantamento, foi analisado como as ONGs empregaram o dinheiro oriundo do fundo, que recebe doações da Noruega e da Alemanha, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Salles, há contracheques de até R$ 46 mil.
“Gastaram milhões e milhões de reais, por exemplo, para fazer seminários, reuniões e palestras, se é que foram realmente feitos. Em muitos casos, não há comprovação de aplicação dos recursos”, contou. O ministro ainda explicou que há serviços que podem ser contratados diretamente para pessoas jurídicas. “Não tem essa necessidade de ser ONG ‘sem fins lucrativos'”, completou.