Anvisa permite uso de estoque de agrotóxico associado a doença de Parkinson
Produtores poderão usar pesticida até julho de 2021. A partir dessa data, o uso de Paraquate está proibido em todo território nacional
atualizado
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Em reunião da Diretoria Colegiada realizada nesta quarta-feira (7/10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a utilização de estoques ativos do agrotóxico Paraquate até o próximo ano. A venda, contudo, seguirá proibida.
A Anvisa manteve o banimento do uso da substância sob suspeita de que o agrotóxico possa provocar mutações genéticas e doença de Parkinson em pessoas que forem expostas ao pesticida. Não há risco para quem consome alimentos produzidos com o produto.
Ocorre, no entanto, que agricultores de todo país, que haviam adquirido novo estoque do produto para uso na safra 2020/2021, reclamaram da proibição e solicitaram, pelo menos, que a Anvisa autorizasse o uso até julho do próximo ano.
Por unanimidade, a agência permitiu a utilização do pesticida até que os estoques estejam zerados. A iniciativa é do diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres.
A bancada ruralista do Congresso Nacional segue em tratativas para derrubar o banimento do uso do agrotóxico. Já foram apresentados dois projetos que tentam tornar a decisão sem efeito.
Passado o prazo estabelecido para utilização dos estoques, o Ministério da Agricultura deverá fiscalizar o uso do pesticida pela indústria. Já no âmbito da produção rural, a fiscalização será responsabilidade dos órgãos estaduais.