Amazônia em chamas: 1º ministro britânico oferece ajuda ao Brasil
Conservador Boris Johnson chamou incêndios na região de “crise internacional”. Finlândia quer discutir fim de importação da carne brasileira
atualizado
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, juntou-se a outros líderes mundiais na onda de preocupação com os incêndios que assolam a região amazônica. Sem críticas diretas ao governo brasileiro, o político conservador se disse à disposição para ajudar a combater o fogo.
“Os incêndios que assolam a Floresta Amazônica não são apenas desoladores mas também uma crise internacional. Estamos dispostos a fornecer toda a ajuda que pudermos para controlá-los e ajudar a proteger uma das maiores maravilhas da Terra”, escreveu Johnson, em inglês, no Twitter no início da tarde desta sexta-feira (23/08/2019).
The fires ravaging the Amazon rainforest are not only heartbreaking, they are an international crisis. We stand ready to provide whatever help we can to bring them under control and help protect one of Earth’s greatest wonders.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) August 23, 2019
Os incêndios na floresta sul-americana se tornaram um dos assuntos mais discutidos no mundo nesta semana e ganharam ares de crise política internacional na última quinta-feira (22/08/2019), quando o presidente da França, Emmanuel Macron, cobrou que o tema fosse discutido na próxima cúpula do G7 – grupo das maiores economias do mundo –, que será realizada durante este fim de semana, justamente na França. “Nossa casa está queimando”, tuitou o francês, levando o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, a acusá-lo de promover uma “mentalidade colonialista descabida no século 21”.
Outros líderes mundiais, como o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também têm feito pressão pelo controle do fogo, num movimento que o governo brasileiro considera orquestrado. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que os incêndios na Amazônia constituem uma “situação urgente” que deve ser discutida durante a cúpula do G7.
Finlândia aumenta a pressão internacional
A pressão internacional, até a manhã desta sexta, não havia passado do nível dos discursos, mas a Finlândia, que ocupa a presidência rotativa da União Europeia, aumentou a tensão, ao pedir que o grupo de países considere banir a importação de carne brasileira.
“O ministro das Finanças, Mika Lintila, condena a destruição na floresta Amazônica e sugere que a União Europeia e a Finlândia urgentemente analisem a possibilidade de banir a importação de carne brasileira”, disse o governo finlandês, em um comunicado divulgado na manhã desta sexta (23/08/2019).