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Alertas de desmatamento em novembro caem 19%, mas acumulado tem alta

Segundo governo, redução nos alertas do mês resulta de trabalho integrado entre Ministérios do Meio Ambiente, da Defesa e da Justiça

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Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite
1 de 1 Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse nesta terça-feira (14/12) que a queda nos alertas de desmatamento no mês de novembro de 2021 são resultado de um trabalho integrado entre os Ministérios do Meio Ambiente, da Defesa e da Justiça com órgãos ambientais, Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança Pública.

Dados do sistema Deter-B (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados na última sexta-feira (10/12) mostraram que novembro deste ano registrou a menor área de alertas de desmatamento na Amazônia desde o início da série histórica, iniciada em 2016.

Foram 249 km² de florestas da Amazônia com avisos de destruição. No ano, o desmatamento já acumula 8.142 km². Ainda é preciso contabilizar os dados de dezembro, mas este já é o terceiro maior acumulado anual, só perdendo para 2020 e 2019.

O número do nono mês deste ano foi 19,45% menor do que o registrado no mesmo mês de 2020. Os estados do Pará, Mato Grosso do Sul e Acre lideram os índices de destruição.

“De forma integrada, o governo federal está atuando contundentemente contra qualquer crime ambiental, junto com a Polícia Federal e com a Força Nacional estamos atuando de forma integrada e permanente no território”, ressaltou Joaquim Leite. Segundo ele, o resultado é fruto de um trabalho conjunto das pastas envolvidas.

O ministro ainda destacou que os números de agosto, setembro, outubro e novembro representam uma redução de 12% em relação a 2020.

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As declarações foram dadas durante coletiva à imprensa no Palácio do Planalto para tratar dos resultados do Deter/Inpe.

Justiça e Greenpeace

O ministro da Justiça, Anderson Torres, corroborou o discurso de Leite. “A gente entende – e está fazendo isso – que sem a integração, as agências, as Forças Armadas nós não vamos conseguir diminuir os crimes ambientais. A gente precisa saber o tamanho do problema e enfrentar. Nossos trabalhos já estão trazendo resultados positivos”, disse.

O Greenpeace, por outro lado, ressaltou que a redução registrada no último mês é importante, mas foi pontual.

“Essa diminuição é importante, mas infelizmente não há motivo para comemorar. Trata-se de um fato pontual que não foi causado por nenhum ato do atual governo”, apontou a organização.

Segundo a ONG, há uma “omissão completa” no campo ambiental, “com três anos de taxas de desmatamento recordes acima de 10.000 km2, uma epidemia de garimpos ilegais e invasão de terras públicas, unidades de conservação e Terras Indígenas, tudo isso com a conivência e aprovação do palácio da Alvorada”, afirmou Rômulo Batista, porta-voz da campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil.

Recorde de desmatamento

O Deter é um sistema mensal de alertas de desmatamento. Os índices anuais de desmatamento são medidos por um outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite-Prodes, também do Inpe, que mede o desmatamento em 12 meses entre agosto de um ano e julho do seguinte.

Segundo o Prodes, o desmatamento na Amazônia nos 12 meses entre agosto de 2020 e julho de 2021 foi o maior para esse intervalo de tempo desde 2006. O aumento registrado no período foi de 22%.

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