2019: Brasil registrou aumento de queimadas em todos os biomas
Maior crescimento, de quase 500%, foi registrado no Pantanal. Em números absolutos, os mais afetados foram a Amazônia e o Cerrado
atualizado
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O Brasil registrou aumento no número de queimadas em todos os seis biomas em 2019. Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos identificados via satélite cresceram na Amazônia, na Caatinga, no Cerrado, na Mata Atlântica, nos Pampas e no Pantanal. No cômputo geral, o país saltou de 132,8 mil focos em 2018 para 197,6 mil no ano passado – 48,8%, no geral.
Destes, o maior crescimento, de 493%, foi registrado no Pantanal: se em 2018 foram 1.691 focos de queimadas no bioma que fica nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em 2019 o número saltou para 10.025. O ponto mais crítico foi em setembro, quando os satélites do Inpe identificaram 2.887 focos.
Em número total de focos ativos, aparecem na dianteira a Amazônia e o Cerrado. Assunto constante do noticiário em 2019 justamente pelas queimadas e pelo desmatamento que preocupou ambientalistas, autoridades, populações indígenas e até o mercado, o bioma típico do norte do país registrou 89.178 focos, contra 68.345 no ano anterior, em um aumento de 30%.
Por lá, o pior mês em termos de queimadas foi agosto, auge da crise, quando o Inpe identificou 30,9 mil focos na região. O crescimento foi de 30%.
Já no Cerrado, o número de focos saltou de 39.449 para 63.874, em um aumento de 62%. Destes, 22.989 focos foram mapeados em setembro, no pior mês para o bioma predominante no Centro-Oeste brasileiro.
Em seguida aparece o Pampa, que teve 678 focos a mais que em 2018, saindo de 742 para 1.420 – número que representa aumento de 91%. Cerca de um terço dessas queimadas, 446, ocorreram em agosto.
Assim como o Cerrado, a Mata Atlântica registrou aumento na casa dos 60%: o número saiu de 11.298 para 18.177 no ano passado, com o o recorde sendo registrado em agosto (4.689).
Na Caatinga, no Nordeste do país, foram 14.960 focos em 2019, contra 11.347 em 2018, em um aumento de 32%. O pior mês, neste caso, foi outubro, quando foram registrados 4.716.