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Médium do Paraná é acusado de abusar sexualmente de seus seguidores

De acordo com seguidores do líder espiritual, ele forçava a cabeça dos jovens contra seus genitais e os obrigava a beijá-lo

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Médium e presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE), Maury Rodrigues da Cruz, é acusado de cometer crime de abuso sexual mediante fraude e estelionato. De acordo com seguidores do religioso, os atos eram cometidos durante os atendimentos. Em agosto, o Ministério Público Estadual do Paraná denunciou o médium. A acusação foi aceita e o processo corre em sigilo. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Uma das supostas vítimas afirmou, à Folha, que começou a sofrer abusos há cerca de 12 anos. O homem relatou que por muito tempo colocou em dúvida o que estava acontecendo e sua percepção da realidade, por isso não tomou a iniciativa de denunciar antes. Ele contou ainda que os episódios se estenderam por seis anos.

Segundo a reportagem, a história veio à tona em fevereiro, quando Giulio Ferreira, de 38 anos, divulgou no YouTube o primeiro vídeo relatando os abusos que teriam sido cometidos pelo médium. Ele começou a frequentar o centro aos 15 anos.

Os abusos ocorreriam durante as sessões de “ectoplasmia” que adentravam a madrugada, o médium teria preferência por homens jovens, às vezes menores de idade, e usaria a fé dos seguidores para cometer os crimes.

De acordo com os seguidores, nessas sessões, o líder espiritual fingia gemer de dor, pedia que seu ventre – onde dizia que a dor era mais forte –​ fosse tocado, forçava a cabeça dos jovens contra seus genitais e os obrigava a beijá-lo.

Ainda segundo as denúncias, ele simulava incorporar espíritos como o do médico Leocádio José Correia, que convenciam os seguidores a fazer o que desejasse. “Leocádio dizia: ‘não se avexe, meu filho, faça o que você tem vontade’, no mesmo dia em que abriu a calça e pediu para tocar o baixo ventre”, diz um dos seguidores em declaração escrita.

Maury nega as acusações. Quatro supostas vítimas processam ele. Seus advogados afirmam que mais de 40 pessoas só puderam se envolver na ação como testemunhas, já que o prazo de seis meses para representar contra ele havia prescrito.

 

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