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Anvisa rastreia profissionais que tiveram contato com coronavírus

Agência classifica como alto o risco de contaminação após a morte de vítimas da Covid-19. Nota técnica prevê monitoramento de profissionais

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Hospital Regional da Asa Norte, referência no tratamento do coronavírus
1 de 1 Hospital Regional da Asa Norte, referência no tratamento do coronavírus - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Médicos, enfermeiros e técnicos que atenderem pacientes acometidos pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, deverão ser “rastreados”.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em nota técnica que será enviada a hospitais e locais de atendimento, determina que seja feita uma espécie de cadastro dos profissionais que prestaram assistência aos infectados com o vírus.

“Os serviços de saúde devem manter um registro de todas as pessoas que prestaram assistência direta ou entraram nos quartos ou na área de assistência desses pacientes”, frisa o documento.

A medida é uma forma de monitorar esses profissionais no caso de adoecimento após o socorro a um doente. Desse modo, é possível mapear onde e como ocorreu a contaminação, caso aconteça, além de facilitar uma resposta.

Equipamentos de segurança
O mesmo documento levará uma série de alertas para os cuidados do ambiente hospitalar do ponto de vista da proteção dos profissionais da saúde.

Além das regras de higiene, como lavagem das mãos, o texto salienta a importância da disponibilização e do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) nos locais de atendimento.

Nesse sentido, a Anvisa destaca a necessidade de distribuição de máscaras, luvas, capotes (espécie de avental), gorros, entre outros materiais.

O quarto, a enfermaria ou a área de isolamento deve conter aviso de precaução. “O acesso deve ser restrito aos profissionais envolvidos na assistência direta ao paciente”, ressalta a nota técnica.

Além disso, os hospitais terão de elaborar um manual de recomendações e normas. Em linhas gerais, deverão ser pontuados rotinas de atendimento e processos de segurança.

“Essencial
O médico Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que a medida é mais uma ferramenta para a proteção do profissional de saúde durante a crise. Pontuou ainda que é fundamental para preservar quem está prestando assistência.

“O atendimento das pessoas com sintomas respiratórios deve ser realizado em sala privativa, com a porta fechada e o ambiente ventilado”, defende.

O profissional ressalta a eficácia das medidas. “É essencial realizar higiene adequada das mãos e usar sempre o equipamento de proteção individual (EPI), como máscara, protetor ocular ou protetor de face, luvas, gorro e avental ou capote”, finaliza.

Alerta para óbitos
A Anvisa classificou como elevado o risco de contaminação no manejo dos cadáveres das vítimas de Covid-19.

No linguajar médico, o risco biológico é de classe 3, numa escala que vai até 4. Nesse caso, o agente apresenta risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Por isso, cateteres, drenos, tubos e demais resíduos devem ser identificados em sacos com códigos de alerta. E os profissionais precisam redobrar a atenção na remoção de corpos.

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