Médicos peritos do INSS iniciam greve nacional nesta quarta (30/3)
Grupo quer reajuste de 19,99% para corrigir perdas inflacionárias. Greve foi anunciada pela Associação Nacional dos Médicos Peritos
atualizado
Compartilhar notícia
Os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciam, nesta quarta-feira (30/3), uma greve em todo o país. A paralisação tem início uma semana após os demais servidores do INSS decretarem greve nacional.
Os médicos pedem atenção do Ministério do Trabalho e Previdência nas reinvindicações de reajuste salarial de 19,99%, para corrigir perdas inflacionárias desde 2019, além do estabelecimento de número máximo de 12 atendimentos presenciais por dia para cada servidor e realização de concurso público.
Em nota divulgada em site oficial, a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) informou que representantes da categoria se reuniram virtualmente com membros do governo federal na terça-feira (29/3). No entanto, não houve acordo.
“Ao contrário do compromisso original, firmado após a primeira mobilização da carreira, o governo informou que já não atenderia mais todas as reivindicações da categoria e que pontos essenciais como o reajuste salarial e a promoção de concurso público seriam abandonados”, informou a ANMP.
A orientação do setor é de que todos os funcionários paralisem as atividades. No entanto, ainda não se sabe quantos trabalhadores cruzarão os braços. A recomendação do grupo aos beneficiários que tiverem atendimentos interrompidos pela greve é de reagendar o atendimento.
A nova data pode ser solicitada por meio do site ou do aplicativo Meu INSS, do governo federal. Além do agendamento de perícia, outros serviços podem ser realizados por meio do aplicativo, como a prova de vida (por biometria) o acesso à carta de concessão e emissão do extrato de pagamentos.
Greve dos servidores
Nesta quarta, a greve dos servidores do INSS completa uma semana. A paralisação foi anunciada na quarta-feira passada (26/3) pelo Comando Nacional de Mobilização da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
De acordo com a organização, a greve terá tempo indeterminado. Os servidores exigem reajuste de 19,9% nos salários, com correção da inflação desde 2019.
Eles também pedem arquivamento da PEC 32, a chamada Reforma Administrativa; revogação da Emenda Constitucional 95/2016, o Teto de Gastos; melhores condições de trabalho e plano de carreira.