Criminosos que executaram médicos fizeram ao menos 20 disparos em 20s
Um dos médicos executados por criminosos era irmão da deputada Sâmia Bomfim. Eles estavam no Rio para um congresso
atualizado
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Os criminosos que mataram três médicos ortopedistas na madrugada desta quinta-feira (5/10), em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio, atiraram, ao menos, 20 vezes contra os profissionais, em um período de 20 segundos. Um dos homens ainda voltou no estabelecimento, depois que uma das vítimas tentou se abrigar.
As vítimas, que são de São Paulo, estavam na cidade para um congresso internacional de ortopedia. Além dos três médicos que morreram, um quarto foi atingido e está internado em estado grave. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), da Polícia Civil do Rio (PCERJ), instaurou um inquérito para investigar o homicídio.
De acordo com a PCERJ, nada foi levado dos médicos e os criminosos chegaram atirando. Testemunhas contaram ainda que os bandidos nada falaram. Por isso, uma das linhas de investigação é de que tenha sido uma execução.
Vítimas
O caso ocorreu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, próximo a um quiosque na altura do posto 4, quando um grupo saiu de um carro e atirou contra os médicos. Os profissionais de medicina mortos são especializados em ortopedia e foram identificados como Perseu Ribeiro de Almeida, 33, Marcos Andrade Corsato, 63, e Diego Ralf Bonfim, 35.
Corsato era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Há, ainda, uma quarta pessoa alvejada, sendo Daniel Sonnewend Proença, 33, que está internado em estado grave no Hospital Municipal Lourenço Jorge.
Médicos participavam de congresso
As vítimas estariam no Rio de Janeiro para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva de Pés e Tornozelos (MIFAS, sigla em inglês), que começa na tarde desta quinta-feira e vai até o sábado (7/10).
As testemunhas confirmaram que os assassinos estavam fortemente armados e que eles haviam desembarcado de um veículo, antes de atirarem nas vítimas.
O Metrópoles tenta contato com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e com o Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mas ainda não teve retorno.