Médicos deixam Brasília para atender venezuelanos em Roraima
Além deles, outros profissionais de saúde participarão do mutirão nas cidades de Boa Vista e Pacaraima
atualizado
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No início da tarde deste domingo (26/8), 41 profissionais de saúde embarcaram para Boa Vista (RR), em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Os médicos, enfermeiros e demais colaboradores saíram de Brasília (DF) para participar de um mutirão de atendimento de saúde aos imigrantes venezuelanos que estão acolhidos em abrigos da capital roraimense e na cidade de Pacaraima, que faz fronteira com o país vizinho.
O grupo trabalha em alguma unidade de saúde ligada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). No entanto, os trabalhadores irão prestar serviços voluntários nas cidades de Roraima. É o caso da médica ginecologista Gizeli de Fátima Ribeiro dos Anjos, que atende em Uberlândia (MG). Ela conta que sempre quis participar de uma ação do gênero e aproveitou a oportunidade.
Para Gizeli, a expectativa é poder ajudar, principalmente, as mulheres grávidas. “Ajuda humanitária faz parte da nossa profissão e acredito que eles [venezuelanos] estão precisando muito. Espero levar um pouco de medicina e, também, muitas palavras de carinho nesse momento difícil”, completou.
O mutirão foi anunciado, na tarde de sábado (25/8), pelo presidente da República, Michel Temer (MDB). Durante uma cerimônia, Temer voltou a dizer que as fronteiras brasileiras continuarão abertas em Roraima, apesar dos pedidos de parlamentares e da governadora do estado, Suely Campos (PP), para que o governo bloqueie o fluxo migratório de venezuelanos para o país.
Segundo disse o presidente, fechar as fronteiras é algo “incogitável” pelo Palácio do Planalto porque seria um “ato desumano”. Além disso, lembrou, contrariaria os compromissos feitos pelo Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU). “Temos feito o possível para atender a compromissos de natureza internacional”, afirmou. (Com informações de agências)