Médicos da Prevent Senior não comparecem à CPI da Câmara Municipal
Foi aprovada nova convocação para 11 de novembro. Os médicos queriam ser ouvidos virtualmente, mas vereadores membros da CPI negaram
atualizado
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São Paulo – Quatro médicos que trabalham na rede de hospitais da Prevent Senior se recusaram a comparecer à CPI da Câmara Municipal que investiga a rede nesta quinta-feira (4/11). Eles foram convidados para depor, mas não foram. Agora, a CPI aprovou um requerimento para convocá-los presencialmente para o dia 11 de novembro.
Inicialmente, os médicos acionaram a Justiça e conseguiram um habeas corpus que permitiu que eles ficassem em silêncio para não se autoincriminarem e que fossem assistidos por advogado. Entretanto, na manhã desta quinta, eles enviaram um e-mail ao presidente da CPI, o vereador Antônio Donato (PT), informando que queriam ser ouvidos virtualmente.
Os cinco vereadores da CPI, porém, não aceitaram a inquirição virtual, e foi aprovada uma nova convocação presencial. Durante a sessão, Donato afirmou que caso os médicos não compareçam na próxima convocação, não descarta determinar condução coercitiva.
“O convite não foi para inquirição virtual, até porque depois do dia 1 de novembro há uma normativa em relação à Covid que permite que as pessoas circulem, ainda mais para quem defende tratamentos que devem lhe dar uma imunidade especial”, disse Donato.
Habeas corpus
Os médicos Daniella Cabral de Freitas, Rafael de Souza Silva, Rodrigo Barbosa Esper e Sérgio Antônio Dias Silveira pediram habeas corpus na Justiça sob o argumento de que são investigados. Mas o presidente da CPI rebateu esse argumento.
Para o vereador Donato, “era desnecessário este habeas corpus”, pois a CPI está no início das investigações e quem é investigada hoje é apenas a rede Prevent Senior. “A conduta individual de cada profissional será debatida aqui, estamos oferecendo o direito ao contraditório. Infelizmente, eles tomam duas medidas para obstaculizar a CPI. Se uma nova convocação não for cumprida, aí é condução coercitiva, é a regra das CPIs, vale em Brasília e vale aqui”, falou.
Entre as linhas de investigação da CPI da Prevent Senior, estão a prescrição de medicamentos do “kit Covid”, a alteração de certidões de óbitos de pacientes vítimas do vírus, as ameaças aos médicos para prescreverem remédios ineficazes, entre outras.