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Médico suspeito de abusar de mulheres em consultas e filmá-las é preso

Prefeito de cidade do interior do Ceará, José Hilton Paiva recebeu voz de prisão ao se apresentar, acompanhado do advogado, à polícia

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José Hilton de Paiva
1 de 1 José Hilton de Paiva - Foto: redes sociais/ reprodução

José Hilton de Paiva, médico e prefeito de Uruburetama (CE), foi preso preventivamente nesta sexta-feira (19/07/2019) por suspeita de abusar de mulheres e filmá-las com câmeras escondidas. O acusado recebeu voz de prisão ao se apresentar, acompanhado do advogado, na Delegacia Geral da Polícia Civil, em Fortaleza. As informações são do portal G1.

A prisão preventiva foi decretada pelo juiz José Cléber Moura do Nascimento, que considerou a medida necessária para preservar provas e evitar influência do prefeito nas investigações.

“A prisão preventiva se faz necessária a fim de preservar higidez das provas a serem produzidas em juízo, eis que, da leitura das peças, depreende-se que o representado vinha utilizando sua influência para se manter impune ao longo de vários anos”, decretou o juiz.

O advogado de Paiva considera a medida “absolutamente incabível” pelo fato de o prefeito estar afastado do cargo e impedido de exercer atividades médicas.

Investigação
Depois da divulgação dos primeiros vídeos, em março de 2018, a Promotoria de Justiça de Uruburetama instaurou uma investigação a partir do relato de quatro mulheres, que se identificaram como vítimas do então prefeito. Assim, o Ministério Público do Ceará (MPCE) solicitou informações à Polícia Civil, que logo depois resolveu abrir o inquérito policial.

O inquérito foi concluído em dezembro de 2018, e a polícia sugeriu o arquivamento. O MPCE requisitou novas diligências. Na área cível, a promotoria ajuizou uma ação civil pública (ACP) por improbidade administrativa em desfavor do então prefeito, no fim de 2018.

Outro procedimento do MPCE em relação ao caso foi instaurado em junho de 2019, antes da divulgação dos novos vídeos na imprensa. O órgão responsável é o Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) e, até o momento, seis vítimas e uma testemunha já foram ouvidas.

Em 15 de julho deste ano, foi instaurado outro inquérito policial em Uruburetama, quando novas vítimas começaram a ser ouvidas. Pelo menos 18 mulheres já identificadas nas imagens exibidas pela imprensa serão convidadas a prestar declarações o mais rápido possível.

Nesta semana, a Promotoria de Justiça de Cruz recebeu os depoimentos das primeiras quatro vítimas que se apresentaram à delegacia após a divulgação dos vídeos. Antes disso, nenhuma mulher havia denunciado o médico. José Hilson trabalhou como médico da Prefeitura de Cruz de 1992 a 2012, e manteve um consultório particular na cidade até 2018.

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