Médico que operou MC Atrevida já foi condenado pela Justiça por erro médico
Na ocasião, o juiz disse que o profissional agiu em “negligência”
atualizado
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O médico Wilson Ernesto Galarza Jara, responsável pelo procedimento estético realizado pela funkeira MC Atrevida, que veio a óbito alguns dias depois, já foi condenado na Justiça por erro médico, em 2014. No ano da condenação, ele teve que pagar R$ 6 mil para uma mulher que teria sido erroneamente diagnosticada com nódulos nos seios.
A informação é do portal Extra. Na decisão, o juiz Alberto Republicano apontou o profissional como “negligente”. O processo relata que o médico, que é ginecologista, afirmou à paciente que ela estava com nódulos nas mamas após realizar o exame de toque.
Então, ele disse que ela precisaria realizar um procedimento cirúrgico no custo de R$ 2 mil. Assustada, ela procurou outro médico que indicou uma ultrassonografia e identificou que ela estava livre de nódulo.
Com o diagnóstico de Wilson, a paciente chegou a contratar um plano de saúde e comprou remédios indicados. Na sentença, o juiz alegou que ficou comprovado que o médico tinha a intenção de fazer a cirurgia indicada e afirmou que houve negligência.
“A negligência médica é caracterizada pela omissão do médico na execução de determinado ato que deveria praticar. Na hipótese vertente, verifico que o 2º réu (Wilson) foi negligente ao realizar exames superficiais na autora. É de sabença comum que com o avanço da tecnologia na área médica, existem exames, tais como a ultrassonografia e a mamografia, mais eficazes do que o exame de toque, para detectar a existência de nódulos na mama”, escreveu. O Centro Médico Reviver, onde Wilson atendeu a paciente, também foi condenado a indenizá-la em R$ 6 mil.
Denúncias na polícia
Além do processo indenizatório, Wilson também foi alvo de denúncias de paciente à Polícia Civil do Rio de Janeiro. Em 2017, uma mulher que relatou que foi ao posto de saúde com problemas na garganta e, ao entrar para o atendimento, o médico perguntou a sua idade. Ao responder que tinha 26, e o médico disse que ela aparentava ser mais velha porque estava gorda.
Segundo denúncia da mulher, o profissional relacionou a dor de garganta com o sobrepeso e disse que ela deveria deixar de comer arroz, feijão e pão francês.
Já em 2010, outra paciente relatou que foi à clinica com fortes dores na barriga e, ao ser atendida pelo médico, ele disse que o corpo dela dava “vergonha” “pois só tinha pelanca”. Ainda, em 2011, uma mulher procurou a unidade de saúde porque estava com náuseas e dor na nuca. Ao recebê-la, Wilson disse que ela parecia uma lutadora de sumô, relatou o Extra.