Médico preso por estuprar paciente é hostilizado ao chegar em presídio
Anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31, foi recebido em Bangu 8, nesta terça (12/7), com vaias e xingamentos de outros presidiários
atualizado
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Rio de Janeiro – A chegada do anestesista Giovanne Quintella, de 31 anos, causou uma agitação no presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio na noite dessa terça-feira (12/7). O médico foi transferido horas depois de passar por audiência de custódia, que determinou a prisão preventiva.
O anestesista preso após estuprar uma paciente sedada durante a cesárea, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, Baixada Fluminense do Rio, não foi bem recebido em Bangu 8 e fez a cadeia tremer. Presidiários sacudiram as grades, xingaram e vaiaram o médico, como forma de protesto, segundo apurou o Metrópoles.
A chegada de Giovanni aconteceu por volta das 21h no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, local onde ficam os presos com ensino superior. Mesmo assim, o anestesista terá que ficar sozinho na cela localizada na galeria F.
Mesmo após a agitação da chegada, a madrugada foi tranquila no presídio. Na manhã desta quarta-feira (13/7), Giovanni tomou café da manhã, pão com manteiga e café com leite. A cela de seis metros onde o médico está, foi a mesma por onde passou Roberto Jefferson, ex-deputado federal.
O anestesista permaneceu calado o tempo inteiro na frente dos policiais penais e não foi visto chorando em nenhum momento. Ele não precisou raspar a cabeça, mas precisou cortar os cabelos para da entrada no presídio.
As investigações conduzidas pela delegada Barbara Lomba, da Delegacia da Mulher de São João de Meriti, acredita que Giovanni tenha abusado de pelo menos seis mulheres.
O médico foi filmado por enfermeiro colocando o pênis na boca de uma paciente grávida, sedada e durante a cesárea, ao lado de colegas de trabalho, no último domingo (10/7).
Durante a audiência de custódia que decidiu pela prisão preventiva pelos próximos 90 dias, a juíza Rachel Assad ressaltou que nem a presença de outras pessoas na sala foi capaz de impedir o abuso:
“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico”, argumenta.
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