Médico nega ter abusado de paciente com Covid-19: “Absolutamente indignado”
A defesa informou que o profissional registrou boletim de ocorrência por denunciação caluniosa e injúria contra uma das vítimas
atualizado
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O médico Roberto Ivo Pasquarelli Neto, acusado de importunação sexual de pacientes durante consultas médicas em São Vicente, em São Paulo, disse estar “absolutamente indignado” com as denúncias, informou o advogado Marcelo Cruz. As informações são do portal G1.
Segundo a defesa, o cliente nega todas as acusações e registrou um boletim de ocorrência por denunciação caluniosa e injúria contra uma das vítimas.
Ivo atuava no Centro de Combate ao Coronavírus, unidade exclusiva ao tratamento de pessoas com o novo coronavírus. Ele foi intimado a depor na Delegacia de Defesa da Mulher de São Vicente. De acordo com a prefeitura, o médico foi afastado das funções até o fim das investigações.
“Ele não só nega visceralmente como encontra-se absolutamente indignado. Está tão indignado que foi até a delegacia registrar boletim de ocorrência por injúria, tamanha a indignação. [A denúncia] trouxe um abalo profissional, social e sobretudo familiar”, alegou, Cruz.
Ivo confirmou que atendeu a paciente, mas disse não ter cometido o assédio, pois a porta do consultório estava aberta e havia grande movimentação no corredor. “Por ser um órgão de saúde pública, há pessoas passando o tempo todo, e a porta estava a todo instante aberta”, explicou o advogado.
Cruz informou que vai protocolar um pedido de apuração da denúncia. “Agora, estou entrando com uma representação solicitando a extravasão de inquérito policial, para apurar essa denunciação caluniosa, e depois a queixa crime de injúria. São duas ações criminais”, detalhou.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) alegou que ainda não foi oficialmente procurado, mas poderá abrir sindicância para investigar se houve infração ao Código de Ética. O conselho afirmou também que Ivo não responde a nenhum processo atualmente.