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Médico implantou silicone em mulher internada com infecção no abdômen

Daiana Cavalcanti, vítima do médico Bolívar Guerrero, foi convencida a colocar silicone mesmo após complicações em abdominoplastia

atualizado

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Daiana Chaves gravou vídeo pouco antes de ser transferida de hospital
1 de 1 Daiana Chaves gravou vídeo pouco antes de ser transferida de hospital - Foto: Reprodução de vídeo

Rio de Janeiro- A paciente mantida em cárcere privado pelo cirurgião plástico Bolívar Guerrero, 63, passou por oito procedimentos cirúrgicos desde quando apresentou os primeiros sintomas de infecção relacionados a uma abdominoplastia (cirurgia estética no abdômen).

Em um deles, Daiana Chaves Cavalcanti, 36, acabou sendo convencida por uma suposta médica a implantar próteses de silicone nos seios, mesmo apresentando complicações em seu quadro de saúde.

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A Delegacia da Mulher de Duque de Caxias- Deam, investiga o caso
Daiana Chaves Cavalcanti, 36, paciente mantida em cárcere privado
Ao menos 12 pacientes do médico preso por manter mulher em cárcere buscaram a polícia
Gedalia Barreto, 57, denunciou o médico nesta quarta-feira
O médico responde a pelo menos 19 processos na Justiça
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Cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, preso por manter paciente em cárcere privado

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A Delegacia da Mulher de Duque de Caxias- Deam, investiga o caso

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Daiana Chaves Cavalcanti, 36, paciente mantida em cárcere privado

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Ao menos 12 pacientes do médico preso por manter mulher em cárcere buscaram a polícia

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Gedalia Barreto, 57, denunciou o médico nesta quarta-feira

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O médico responde a pelo menos 19 processos na Justiça

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Claudia Amorim procurou a delegacia após a repercussão do caso

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A mulher ficou com o abdômen estendido após a cirurgia

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Vanessa Miranda, paciente de Bolívar Guerrero, está há quase 10 anos com seio torto e dores

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Gedalia foi a 12ª paciente à procurar a delegacia para denunciar Bolívar

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Claudia afirma que uma mama ficou maior que a outra após a cirurgia

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Em entrevista ao Metrópoles, Daiana conta que pagou R$ 14 mil reais para colocar prótese, que resultou em pontos de necrose após a cirurgia. A paciente conta que Kellen Cristina de Queiroz dos Santos, 31 anos, se apresentou como médica e disse que quem faria a cirurgia seria ela e não Bolívar:

“Eu já estava no hospital, internada com complicações após fazer uma abdominoplastia, minha barriga já estava com os pontos abertos, mas ela entrou na minha cabeça, me convenceu. Disse que eu ficaria linda, que tudo isso ia passar. Não fiquei com medo porque ela me passou confiança, me deu esperança. A Kellen me garantiu que o Dr. Bolívar não colocaria a mão mais em mim. Mas, assim que entrei no centro cirúrgico, fui sedada e, quando percebi, ele já estava lá, do meu lado”, contou Daiana.

Bolívar Guerrero foi preso na última segunda-feira (18/7), durante uma cirurgia no Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense do Rio. O médico foi acusado de cárcere privado, após tentar impedir a transferência de Daiana por duas vezes.

Em depoimento, ele negou as acusações e disse que os problemas na paciente surgiram por falta de cuidado adequado e higiene por parte dela.

Kellen também prestou depoimento na Delegacia da Mulher de Duque de Caxias (Deam), que investiga o caso. Em sede policial, ela disse que é técnica de enfermagem e estudante de medicina, mas precisou trancar o curso. Diferentemente do relato da paciente, a profissional disse que não ofereceu nenhuma cirurgia para Daiana:

“Foi Daiana quem comentou com a declarante sobre o desejo de fazer “as mamas”, procedimento que foi pago e realizado”, disse Kellen em seu relato na delegacia.

Daiana fez a abdominoplastia no início de maio. No dia 1º de junho, diante das complicações decorrentes da cirurgia, ela precisou ser internada.

Mesmo com a infecção na região do abdômen, ela passa por uma nova intervenção estética para o implante das próteses de silicone na última semana de junho.

“O Bolívar só me internou porque eu vomitei e desmaiei na frente dele, mas ele não queria. Disse que eu era ansiosa, por isso não conseguia me recuperar. Pediu para não falar do meu estado para minha família, mas chegou um momento que eu achei que fosse morrer. Vi a morte na minha frente”, relatou Daiana ao Metrópoles.

A vítima foi transferida nesta quinta-feira (21/7) para o Hospital Federal de Bonsucesso (HFB). Segundo a unidade, Daiana será acompanhada por uma equipe multidisciplinar formada por profissionais dos serviços de cirurgia plástica reparadora, cirurgia geral, CTI, psicologia e serviço social.

 

 

Segundo o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, Kellen não tem o registro de técnica de enfermagem definitivo. Em 2009, ela tinha apenas o provisório, mas não deu continuação no processo para pegar a licença definitiva.

O Metrópoles procurou Kellen para comentar sobre o caso, mas não obteve retorno até a conclusão da reportagem.

 

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