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Médico esfrega pênis na paciente e é indiciado por crime sexual em GO

Ortopedista de 36 anos simulou exame físico para abusar da vítima. Mulher gritou e foi socorrida por enfermeiras. Caso ocorreu em Iporá

atualizado

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1 de 1 goias medico ipora - Foto: Divulgação/PCGO

Goiânia – Um médico de 36 anos, identificado pela Polícia Civil de Goiás como Otacílio Rodrigues de Barros Neto, foi indiciado em Iporá (GO) por violação sexual mediante fraude, após simular um exame físico numa paciente, com a intenção de abusá-la sexualmente. O caso ocorreu no dia 31/5 deste ano e a vítima, uma mulher de 46 anos, precisou gritar por socorro, quando percebeu que ele estava esfregando o pênis ereto nela.

Toda a situação ocorreu dentro do consultório do médico, no hospital onde ele trabalha, na cidade do oeste do estado. Segundo o relato da vítima  feito ao delegado Igor Moreira, que atua na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), ela foi socorrida por enfermeiras e outros médicos do local que adentraram o consultório, assim que ouviram os gritos. Ela estava, visivelmente, abalada, de acordo com as testemunhas.

O médico suspeito de cometer o abuso sexual é ortopedista. Durante a consulta, ele informou que faria um exame físico e pediu que a paciente se virasse para procurar nódulos localizados nas costas dela. Em determinado momento, ele solicitou que ela colocasse uma das mãos para trás. Nesse instante, ela diz que sentiu algo estranho, mas o telefone do consultório tocou, interrompendo o que estava acontecendo.

O ortopedista atendeu o telefone, disse que ainda não havia terminado a consulta, trancou a porta do local e voltou-se para a paciente, pedindo que ela colocasse a segunda mão para trás. Segundo o delegado, o médico investigado é mais alto que a vítima. O relato dela informa que, ao colocar as duas mãos para trás, ela começou a sentir ele esfregando o pênis em suas costas.

“Ela se virou e viu que o médico estava com o pênis para fora da calça. Ficou muito angustiada, nervosa e começou a gritar por socorro”, conta Igor Moreira.

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Caso foi apurado pela Delegacia da Mulher, de Iporá (GO)
Médico é suspeito de já ter tentado cometer crimes sexuais contra outras mulheres, no passado
Cópia do inquérito foi encaminhada ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) para instauração de processo disciplinar
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Médico ortopedista é indiciado por crime sexual

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Caso foi apurado pela Delegacia da Mulher, de Iporá (GO)

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Médico é suspeito de já ter tentado cometer crimes sexuais contra outras mulheres, no passado

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Cópia do inquérito foi encaminhada ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) para instauração de processo disciplinar

Suspeita de outros casos

O inquérito foi concluído com o indiciamento do ortopedista relacionado a esse caso específico, mas no decorrer da investigação outras suspeitas surgiram. Uma enfermeira ouvida pelo delegado disse que há três anos, também, foi assediada pelo mesmo médico.

Ela disse ter sido chamada pelo ortopedista em seu consultório e, quando abriu a porta, o encontrou com o pênis para fora da calça e chamando-a para fazer atos sexuais. A enfermeira disse que não participaria daquilo e fechou  a porta. Nas semanas seguintes, o médico seguiu ligando, insistentemente, para ela.

“Percebemos que esse caso de 31 de maio não foi um caso isolado. Iremos buscar, ainda, outras vítimas e testemunhas de crimes sexuais cometidos pelo mesmo médico, e a Polícia Civil já representou pela suspensão do exercício da medicina desse médico, de forma temporária, o que está aguardando decisão judicial”, informa o delegado.

Uma cópia integral do inquérito foi remetida ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) para que seja instaurado o processo disciplinar por infração ético-profissional. A identidade do médico não foi divulgada pela Polícia Civil.

Identificação

Segundo a PCGO, o médico ortopedista é Otacílio Rodrigues de Barros Neto. Ele já trabalhou no Hospital Municipal de Iporá e atualmente atende no Hospital São Paulo e em outras cidades do interior.

De acordo com a corporação, a divulgação do nome do investigado segue o previsto nos artigos 8º e 11, no sentido de que “a divulgação da imagem, nome ou alcunha de indiciado ou investigado prevista no caput deste artigo deve estar amparada no interesse público ou da investigação”.

A autoridade policial explica que, nesse caso, o objetivo é identificar outras possíveis vítimas do autor. O delegado Igor Moreira orienta a qualquer mulher que tenha sido vítima de atos semelhantes praticados pelo profissional para que procure a Delegacia da Mulher de Iporá, pessoalmente (Avenida Pio XII, 791, Centro) ou por telefone (64) 3603-7428.

O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa do médico.

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