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Médico diz que cirurgia poderia agravar estado de saúde de Bolsonaro

O cirurgião Antonio Macedo sinalizou que cirurgia dificilmente resolveria problemas intestinais do presidente Bolsonaro

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Bolsonaro posa para foto ao lado do médico Antônio Macedo, no Vila Nova Star
1 de 1 Bolsonaro posa para foto ao lado do médico Antônio Macedo, no Vila Nova Star - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo — O cirurgião Antônio Macedo declarou nesta quarta-feira (05/01) que não operaria o intestino se estivesse no lugar do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Não consigo me controlar”, diz Bolsonaro sobre erros em dieta

Ele é o responsável pelo tratamento de Bolsonaro desde o ataque sofrido durante a eleição de 2018, quando o então candidato foi esfaqueado.

Durante entrevista coletiva concedida pelo presidente, após receber alta nesta quarta-feira (5/4), Macedo afirmou que, em decorrência de uma inflamação do peritônio (membrana que reveste paredes da cavidade abdominal e recobre órgãos abdominais e pélvicos), é remota a possibilidade de resolução dos problemas intestinais por meio de cirurgia.

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Bolsonaro posa para foto ao lado do médico Antônio Macedo, no Vila Nova Star
Bolsonaro deixou o hospital com escolta após ficar dois dias internado em SP
Bolsonaro tem alta de hospital após tratamento para obstrução do intestino
O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebe alta do Hospital Vila Nova Star, nesta manhã de quarta-feira (5/1)
Bolsonaro após ter alta de sua última internação
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Presidente Jair Bolsonaro depois de receber alta médica em SP

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Bolsonaro tem alta de hospital após tratamento para obstrução do intestino

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebe alta do Hospital Vila Nova Star, nesta manhã de quarta-feira (5/1)

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Bolsonaro após ter alta de sua última internação

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Michelle Bolsonaro, esposa do presidente Jair Bolsonaro, na coletiva após a alta dele

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“Se eu tivesse o problema dele, não gostaria que me operassem. Se operassem, como a barriga dele é muito inflamada, devido às infecções, sangramento, tudo o que aconteceu, existe chance de o problema (aderências no intestino) passar para outro lugar e obrigar a uma outra cirurgia”, avaliou o cirurgião, em entrevista coletiva.

Bolsonaro recebe alta médica nesta manhã no hospital Vila Nova Star, na Zona Sul de São Paulo, onde tratou uma suboclusão intestinal, com uma sonda gástrica e antibióticos.

Macedo explicou que Bolsonaro pode enfrentar novamente episódios de obstrução intestinal, mas que será preciso avaliar qual o melhor tratamento, cirúrgico ou não, a cada ocasião.

Para os próximos dias, Macedo recomendou a Bolsonaro que siga uma dieta especial, para evitar alimentos que possam ocasionar problemas intestinais. Mas na entrevista Bolsonaro já avisou que seria difícil seguir a dieta, como não seguiu também depois de outros episódios de obstrução intestinal que enfrentou.

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Dr. Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo
Fachada do hospital Vila Nova Star, onde o presidente Jair Bolsonaro se encontra internado
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Bolsonaro caminha no hospital Vila Nova Star

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Fachada do hospital Vila Nova Star, onde o presidente Jair Bolsonaro se encontra internado

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“Vai ser difícil seguir. Eu não consigo me controlar”, admitiu Bolsonaro.

Bolsonaro deixou o hospital por volta das 10h desta quarta-feira depois de ficar três dias internado.

Ele veio às pressas de Santa Catarina, onde estava de folga, porque passou mal depois do almoço do último domingo (02/01).

Bolsonaro foi internado para tratar pela segunda vez uma obstrução intestinal — em julho do ano passado, ele também foi internado no hospital para tratar o mesmo problema.

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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia
Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado
Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal
No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada
Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo
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Após ser esfaqueado na barriga por Adélio Bispo, durante encontro com apoiadores, em setembro de 2018, Bolsonaro já precisou passar por seis cirurgias - quatro relacionadas ao ataque - em menos de quatro anos

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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia

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Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado

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Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal

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No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada

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Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo

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No dia 3 de julho de 2021, o presidente foi submetido a mais uma cirurgia. Dessa vez, o procedimento foi para realizar um implante dentário. Dias depois, o presidente reclamou de estar com soluços constantes e chegou a ser internado, mas não precisou de nenhuma intervenção cirúrgica

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No novo tratamento, foram prescritos antibióticos e Bolsonaro foi submetido a uma sonda gástrica para desobstruir o intestino. Ele foi ainda submetido a uma dieta líquida antes de se recuperar.

Na última terça-feira (04/01) o hospital tinha divulgado boletins para informar que o presidente já tinha retirado a sonda nasogástrica após ter evoluído com boa aceitação da dieta líquida ofertada durante o dia.

De acordo com o hospital, o quadro de suboclusão intestinal do presidente se desfez; a instituição confirmou que não havia necessidade de submetê-lo a uma cirurgia.

Santa Catarina

Na madrugada de segunda-feira, o presidente interrompeu suas férias no litoral catarinense e deu entrada no hospital na capital paulista, em que já ficou internado em outras ocasiões.

Bolsonaro ficou em um andar isolado para ele no Vila Nova Star, hospital privado no bairro da Vila Nova Conceição, Zona Sul de São Paulo. O mandatário interrompeu suas férias no Forte Marechal Luz, em São Francisco do Sul (SC), após sentir desconforto abdominal, e pegou um voo fretado com destino a Congonhas, onde desembarcou por volta da 1h30.

O presidente já passou por seis cirurgias relacionadas ao episódio da facada. Em julho do ano passado, foi internado no mesmo hospital e também recebeu o diagnóstico de obstrução intestinal. Chegou a ser cogitada cirurgia, mas, por fim, indicou-se uma dieta.

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