Médico-denunciante da Prevent Senior tenta programa de proteção
Walter Corrêa de Souza Neto teve pedido encaminhado pelo governo federal para programa de proteção à testemunha de São Paulo
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Um médico que denunciou a Prevent Senior pediu para ser incluído no programa de proteção a testemunhas em São Paulo. O pedido foi feito depois que o denunciante recebeu ameaças. Ele ainda aguarda resposta para a solicitação.
A informação foi divulgada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) nesta quarta-feira (10/11), em entrevista na sede do Ministério Público de São Paulo. O senador entregou aos promotores documentos sigilosos coletados pela CPI da Pandemia, do Senado Federal, e o relatório final da investigação.
Rodrigues expressou preocupação com a situação do médico e do servidor Luís Carlos Miranda, do Ministério da Saúde, que também foi incluído no programa de proteção a testemunha.
O pedido de proteção para o médico Walter Correa de Souza Neto foi reiterado na semana passada. Ele foi um dos principais denunciantes da Prevent Senior na CPI do Senado e tinha recebido uma ligação de um executivo da Prevent Senior, que considerou ameaçadora.
Ministério decide pedido
Na semana passada, a advogada Priscila Pamela solicitou que Souza Neto seja incluído no Programa Estadual de Proteção a Vítimas e Testemunhas de São Paulo (Provita-SP).
Essa solicitação já tinha sido feita ao Ministério da Justiça e ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, mas a pasta comandada pela ministra Damares Alves encaminhou o pedido ao programa paulista de proteção.
Até agora, segundo a advogada, não houve resposta ao pedido. O programa paulista solicitou mais informações ao governo federal.
A avaliação da inclusão do médico no programa de proteção tinha sido determinada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, no começo de outubro.
Mendes tinha também determinado que a Polícia Federal investigasse ameaças ao médico, quando atendeu a pedido de habeas corpus dos advogados de Souza Neto e permitiu que ele ficasse em silêncio em depoimento à CPI da Pandemia.