Médica é presa pela morte de cozinheira durante lipoaspiração no RJ
MPRJ denunciou a médica colombiana Eliana Jimenez Dias por homicídio com dolo eventual e fraude processual. Ela foi presa em casa nesta 4ª
atualizado
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Uma médica com dupla nacionalidade, colombiana e brasileira, foi presa, na manhã desta quarta-feira (12/7), pela morte da cozinheira Ingrid Ramos Ferreira, 41 anos, durante uma lipoaspiração na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, em 15 de junho.
Identificada como Eliana Jimenez Dias, a suspeita foi presa dentro de casa, em um condomínio de luxo de Jacarepaguá (RJ). A detenção da médica ocorre um dia após o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitar a prisão preventiva da mulher, por causa da possibilidade da profissional deixar o país e retornar à Colômbia.
O MPRJ denunciou, na terça-feira (11/7), a médica por homicídio com dolo eventual e fraude processual. De acordo com informações da polícia, Eliana tentou esconder provas na investigação do caso.
Durante a prisão realizada nesta quarta, agentes da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) apreenderam celulares. Além disso, mandados de busca devem ser cumpridos em dois escritórios da médica no centro do Rio.
Erro médico
O delegado responsável pelo o caso, Ângelo Lages, explicou ao G1 que um laudo complementar deixou “claro que Ingrid foi vítima de um choque cardiogênico”. Ainda de acordo com Lages, a vítima morreu devido à anestesia que a médica aplicou, que “não poderia ser feito”.
A investigação da polícia concluiu que a cozinheira foi ao consultório de Eliana para fazer uma lipoaspiração, e não apenas uma pequena remoção de queloide. O delegado afirma que tal procedimento “deveria ser feito em ambiente hospitalar”.
“A médica assumiu o risco da morte dessa paciente fazendo esse procedimento, que é invasivo, numa sala comercial. Logo após o óbito, ela passou a esconder o material cirúrgico que usou para fazer essa lipoaspiração”, disse o Lages ao G1.
As investigações ainda apontam que Eliana tentou transferir o material para o consultório do marido dela, logo após o procedimento.
Em 2022, a Vigilância Sanitária multou o estabelecimento da médica por falta de licença para funcionamento. Somadas, Eliana e a clínica respondem a 13 processos na Justiça.