Médica é investigada por suposto soro de imunidade ao coronavírus
Nas redes sociais, ela postou um vídeo aplicando a substância em grávidas e recomendando o uso por pacientes
atualizado
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A médica com pós-graduação em nutrologia Isabella Abdalla é investigada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) por aplicar soro endovenoso em gestantes para conter o coronavírus. As informações são do G1.
Nas redes sociais, ela postou um vídeo de mulheres recebendo a injeção e dizendo que “vão ficar imunes ao corona”. Trata-se de um coquetel de vitaminas e substâncias antioxidantes.
“Gente, essa turma minha de gestante está uma mais maravilhosa que a outra. Todo mundo tomando soro para imunidade, né? Ficar imune do corona”, afirmou a médica, em vídeo. Para a entidade que representa os profissionais, toda ação médica deve ser pautada pelo código de ética médica do Conselho Federal de Medicina. Portanto, tal prática seria ilegal.
Em uma outra postagem, Isabella diz que há muita procura pelo soro que promete, segundo ela, acabar com a Covid-19. A profissional conta que pretende expandir o negócio para quem não é paciente dela. “O pessoal está desesperado por conta do coronavírus. Eu aconselho fazer porque é um soro que a absorção é 100% dos nutrientes, eu coloco doses altas de vitaminas para imunidade e antioxidantes. Então, vale muito a pena fazer”, falou. A média tem quase 44 mil seguidores.
Após a repercussão do caso, a médica apagou suspendeu a conta no Instagram e, na noite desse domingo (15/03), reativou o perfil para publicar um “vídeo de esclarecimento”. Dessa vez, ela negou que tenha afirmado que o soro cura, previne ou trata a doença.
A médica explicou que o tratamento vem da bomba de vitaminas que pode fortalecer o sistema imunológico, evitando o contágio do vírus. “Então, é através de uma melhora do sistema imune que você tenha mais saúde para poder, às vezes, combater melhor qualquer tipo de coisa. O intuito que eu quis dizer no vídeo foi esse”, pontuou.
De acordo com a Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), a clínica geral cursou as aulas de pós-graduação em nutrologia, mas não concluiu o programa. Com a repercussão negativa, ela restringiu o acesso à conta no Instagram.