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Médica é agredida a socos por marido de grávida durante trabalho de parto

A violência aconteceu no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (RS), a 258 quilômetros de distância de Porto Alegre

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1 de 1 médica - Foto: Imagem: Arquivo pessoal

A médica obstetra Scilla Lazzarotto, de 46 anos, viveu momentos preocupantes nessa sexta-feira (29/05). Ela foi agredida com socos e pontapés e ameaçada de morte por Wagner Quevedo, de 27 anos, marido de uma paciente em trabalho de parto. A violência aconteceu no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (RS), a 258 quilômetros de distância de Porto Alegre (RS). A entrevista é do Uol.

“Achei que ia morrer. Ele me bateu muito. Foi uma sensação de impotência. Pensei no meu filho e tentei me proteger, fechando meus braços e protegendo o rosto. Eu pensava: ‘isso tem que acabar de uma vez’, mas não via ninguém. Em seguida, escureceu tudo”, disse a obstetra.

O parto

De acordo com relatos, o homem demonstrava sinais de agressividade. A gestante deu entrada na madrugada de sexta, entre 2h30 e 3h, acompanhada do marido, sendo atendida inicialmente por um colega de Scilla. A obstetra iniciou o plantão às 7h e tinha outras pacientes gestantes também em trabalho de parto.

Outros funcionários do hospital afirmaram que Quevedo foi informado que o trabalho de parto é um processo demorado e que era preciso ter paciência. “Uma residente minha, que estava cuidando dessa paciente, veio até mim e disse: ‘professora, eu não vou ficar mais naquela sala, ele está dizendo que vai dar tiro em todo mundo'”, disse a médica.

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As agressões se deram dentro do hospital
Casal foi avisado que o processo de parto é demorado, mas o homem estava agressivo
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A médica obstetra Scilla Lazzarotto foi agredida a socos e pontapés

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As agressões se deram dentro do hospital

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Casal foi avisado que o processo de parto é demorado, mas o homem estava agressivo

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Momento da agressão

Scilla Lazzarotto disse que foi até a sala de parto e verificou a paciente, quando explicou para o casal que iria precisar esperar três horas para o nascimento.

“Eu vi que ela estava muito nervosa e ele também, daí eu sugeri: “quem sabe a gente faz uma cesárea?”. Quando eu disse isso, ele surtou. Começou a gritar: ‘a senhora é uma torturadora! uma torturadora!’. Eu disse que ele não podia gritar daquele jeito e quando eu fui em direção à porta ele segurou a capanga (onde fica guardada a arma) e disse: ‘eu tenho uma 38 e uma 42 aqui. Eu vou te dar um tiro.’ Eu disse para ele: ‘olha, eu preciso atender a sua mulher. Não tenho medo de revólver. Se tu me matar, quem vai atendê-la?”, contou a obstetra.

Quando a médica já estava no corredor, Quevedo deu uma voadora nas costas dela. “Ele começou a dar socos na cabeça e eu fiquei em nocaute. Em seguida, desmaiei”.

O homem foi contido pelos residentes e, logo após, fugiu do hospital. Mãe e criança passam bem. Quevedo não possui antecedentes criminais e não havia nenhuma medida protetiva contra ele. A polícia vai apurar se ele estava, de fato, com as armas ou se estava apenas ameaçando e se os revólveres eram registrados.

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