Média móvel de mortes por Covid tem aumento de 564% em um mês
No dia 2 de janeiro, o país registrou 28 mortes, com média móvel de 97,8. Em 2 de fevereiro, foram computados 893 óbitos, com média de 648
atualizado
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Com o avanço da variante Ômicron e o aumento no número de casos e mortes por Covid-19 no Brasil, a média móvel de óbitos teve um salto no último mês. Em janeiro, o índice teve aumento de 564%.
No dia 2 de janeiro, o país registrou 28 mortes, com média móvel de 97,8. Na quarta-feira (2/2), um mês depois, o número de óbitos computados foi de 893, com média móvel de 648,5. Os dados são do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass).
O índice computado na quarta foi o maior desde agosto de 2021. Além do aumento exponencial no número de mortes, o país tem registrado alta nos casos positivos da doença.
O número de infecções confirmadas na quarta foi de 172.903. A média diária de contágios pelo coronavírus está em 179.604, aumento de 79% em comparação ao índice de 14 dias atrás.
Ceará e Goiás apresentaram problemas em seus sistemas de informação e não tiveram os dados contabilizados.
No total, o Brasil já perdeu 628.960 vidas para a doença e computou 25.793.112 casos de contaminação. Confira, no gráfico a seguir, o histórico da pandemia no país:
Positividade nos testes
A positividade de testes RT-PCR realizados na rede pública de saúde saltou de 3%, em dezembro de 2021, para 37% em janeiro de 2022. O número foi consolidado pelo Escritório de Testagem da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com sistemas de dados da própria instituição e do Ministério da Saúde.
As centrais da instituição processam cerca de 35% dos exames tipo RT-PCR realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na rede pública nacional.
O número de testes analisados também aumentou em 195% na última semana epidemiológica (de 16 a 22 de janeiro). Foram 121.275 amostras analisadas, contra 22 mil no fim de dezembro.
O aumento na positividade dos exames foi detectado em todas as centrais da instituição. As Unidades de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 (Unadig) são baseadas no Rio de Janeiro, Ceará e Paraná.
De acordo com a equipe da Fiocruz, o avanço da Ômicron no país e as confraternizações de fim de ano foram fatores determinantes para a explosão de casos.