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Média diária de mortes por Covid no Brasil volta a ultrapassar 1,9 mil

Brasil chega a 484.235 óbitos e 17.296.118 infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia

atualizado

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Aline Massuca/Metrópoles
Coveiros do Cemitério do Caju, no Rio
1 de 1 Coveiros do Cemitério do Caju, no Rio - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Após 19 dias, a média móvel de mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil volta a ultrapassar a marca de 1,9 mil óbitos diários. Nesta sexta-feira (11/6), o índice chegou a 1.913, bem mais alto do que o registrado na quinta-feira (1.804 mortes). Em relação ao verificado há 14 dias, houve variação de 4,2% para mais, sinalizando estabilidade nos falecimentos computados.

Foram 2.216 mortes e 85.149 novos infectados registrados nas últimas 24 horas em todo o país. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

No total, o Brasil já perdeu 484.235 vidas para a doença e computou 17.296.118 casos de contaminação.

Confira no gráfico a seguir, o histórico da pandemia no país:

Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.

Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.

Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, e se baseiam nos relatórios repassados pelo Ministério da Saúde. Essas informações também alimentam o painel interativo com notícias sobre a pandemia desde o primeiro caso da doença registrado no país.

Vacinação no Brasil

Mais da metade dos municípios brasileiros deu início à vacinação contra a Covid-19 por faixa etária. As informações constam na 12ª edição da pesquisa semanal realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgada nesta sexta-feira (11/6).

De acordo com o estudo, realizado entre os dias 7 e 11 de junho, 53% das cidades brasileiras estão imunizando pessoas abaixo dos 60 anos e sem comorbidades. A vacinação por ordem decrescente de idade foi autorizada pelo Ministério da Saúde no fim de maio. 

O estudo da CNM ouviu 3.129 gestores municipais. Desses, 71% afirmaram estar vacinando pessoas acima de 55 anos. Entre os secretários de Saúde entrevistados, 19% deram início à proteção do público entre 50 e 55 anos e 9% já começaram a imunizar brasileiros abaixo dessa faixa etária.

Ampliação de público

Em maio deste ano, o Ministério da Saúde permitiu que estados e municípios ampliassem a vacinação para a população geral de 18 a 59 anos, por ordem decrescente de idade. A aplicação de imunizantes para grupos prioritários, entretanto, deve ser mantida.

A decisão foi tomada na noite do dia 27/5, durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT). A CIT conta com a participação de representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

A CIT relatou que alguns municípios têm enfrentado baixa demanda de vacinação de grupos prioritários. Por isso, os gestores decidiram que essas cidades poderão vacinar a população geral, por ordem decrescente de idade, mas devem garantir que a imunização de grupos de risco não seja afetada. A medida também deverá observar as vacinas disponíveis e o estoque previsto.

Aumento de casos

A pesquisa da CNM mostra que 51,3% dos gestores ouvidos relataram crescimento no número de casos de Covid-19 nesta semana. Para a confederação, os dados “acendem sinal vermelho para uma possível terceira onda”.

Entre os entrevistados, 28,4% disseram que a quantidade de infecções se manteve estável; e 15,3% afirmaram que houve queda nos índices.

Apesar do crescimento nos dados de casos positivos, o número de óbitos se manteve estável na maioria das cidades citadas no levantamento. “Em relação ao número de óbitos pela doença, 26,6% apontaram aumento; 48%, estabilidade; e 20,2%, queda nesta semana”, informou a CNM.

Média móvel

Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.

Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete.

O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.

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