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Média de mortes por Covid-19 no Brasil cai pelo 13º dia seguido

É o menor indicador desde 8 de março deste ano, quando registrou 1.525. Em relação ao verificado há 14 dias, houve queda de 25,6%

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Enterro noturno / cemitério São Paulo
1 de 1 Enterro noturno / cemitério São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A média móvel diária de mortes por Covid-19 no Brasil caiu pela 13ª vez consecutiva e chegou a 1.544 nesta sexta-feira (2/7). É o menor número desde 8 de março deste ano, quando registrou 1.525. Em relação ao verificado há 14 dias, houve queda de 25,6%, sinalizando desaceleração nos óbitos computados.

Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás. Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.

Foram 1.544 mortes em decorrência da Covid e 65.165 novos infectados registrados nas últimas 24 horas em todo o país. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

No total, o Brasil já perdeu 521.952 vidas para a doença e computou 18.687.469 casos de contaminação.

Confira no gráfico a seguir, o histórico da pandemia no país:

Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, e se baseiam nos relatórios repassados pelo Ministério da Saúde. Essas informações também alimentam o painel interativo com notícias sobre a pandemia desde o primeiro caso da doença registrado no país.

Vacinação no Brasil

A vacinação contra a Covid-19 bateu recorde em junho e, finalmente, atingiu a meta estabelecida em março pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de aplicar 1 milhão de doses diárias. Ao longo do sexto mês do ano, foram 31,7 milhões de aplicações, o que equivale a 1,056 milhão por dia.

Além da maior média diária, junho tem o dia com mais vacinas aplicadas: 2,2 milhões de pessoas foram imunizadas no dia 17.

O infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro comemora a marca, mas faz uma ressalva. “Estamos melhorando o número de pessoas vacinadas no Brasil. Claro que o ideal é que esse número fosse bem maior. Como sabemos, houve grande atraso do governo federal na aquisição de vacinas”, frisou.

O gráfico a seguir mostra a quantidade de vacinas aplicadas por dia. Elas estão separadas em primeira (D1) e segunda doses (D2). É bom lembrar que somente após 15 dias de ter tomado a D2 uma pessoa é considerada imunizada contra a doença. Isso não se aplica apenas à fórmula da Janssen, que é de dose única.

Como é possível ver, o recorde em junho deve-se principalmente a um grande esforço na aplicação de D1. Quando se analisa apenas a aplicação de D2, o total de junho (3,7 milhões) fica atrás de maio (6,5 milhões) e abril, que lidera, com 10,6 milhões.

Até o fim de junho, 73,6 milhões de pessoas haviam recebido pelo menos uma dose – 25,7 milhões, a D2. De acordo com o consórcio, São Paulo é o estado com o maior percentual de pessoas que tomaram a D1, com 41,1%. O último lugar é do Amapá, com 21,9%.

Ribeiro lembra que “a vacina é a arma mais poderosa para prevenir a Covid-19, e mesmo a vacina não sendo 100% eficaz, a gente previne casos graves e mortes. Esse é o maior impacto da vacina”. “Quanto mais pessoas forem vacinadas diariamente, mais perto chegaremos da tão esperada imunidade de rebanho”, prosseguiu

Isso acontece, explicou o especialista, quando “em torno de 70% a 80% da população estiver imunizada. Com isso, protegemos aqueles que, por algum motivo, não puderam tomar a vacina”.

Média móvel

Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.

Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete.

O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.

* O consórcio de imprensa é composto pelos veículos G1, O Globo, Extra, Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL.

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