metropoles.com

Me Too repudia nota do Ministério dos Direitos Humanos: “Inadmissível”

Organização Me Too criticou uso dos canais de comunicação oficiais do Ministério dos Direitos Humanos no episódio envolvendo Silvio Ameida

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
Silvio Almeida
1 de 1 Silvio Almeida - Foto: Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

Em nota divulgada nesta sexta-feira (6/9), a organização Me Too Brasil manifestou repúdio à nota publicada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) em canal oficial de comunicação, contra organização da sociedade civil que atua em defesa de sobreviventes de violência sexual.

A pasta usou os canais de comunicação oficiais em meio à defesa que o ministro Silvio Almeida faz das acusações de assédio sexual. Na nota, o MDHC alegou que a entidade tem histórico “controverso”. A coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, divulgou as denúncias do Me Too com exclusividade nessa quinta (4/9).

“É inadmissível que os canais oficiais de comunicação pública sejam utilizados para a defesa pessoal de qualquer autoridade, especialmente em situações que demandam apuração”, afirmou a organização.

Segundo o Me Too, a nota publicada pela pasta “desvia o foco da grave denúncia veiculada pela mídia: que o Me Too Brasil recebeu relatos de vítimas de assédio sexual praticado por autoridade de alto escalão do Governo Federal”.

O Me Too Brasil é o braço brasileiro de um movimento mundial que acolhe vítimas de violência sexual. Nessa quinta, a organização confirmou a notícia divulgada pelo colunista do Metrópoles Guilherme Amado de que foi procurada por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro. Entre elas, está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Entenda

MDHC afirmou que as acusações do Me Too foram feitas como forma de retaliar a pasta por terem negado uma licitação relacionada aos serviços Disque 100 e Ligue 180. O posicionamento da organização era contrário à separação dos serviços, decorrente da separação da pasta em relação ao Ministério das Mulheres.

A pasta dos Direitos Humanos afirmou que a organização faz “uso indevido da justiça e que possam envolver interesses escusos em torno dos recursos da administração pública”.

O Me Too, por sua vez, sustentou que, “enquanto organização da sociedade civil e especialista no tema, apresentou sugestões com o objetivo de garantir o fortalecimento de políticas públicas voltadas aos direitos humanos”.

A organização ainda destacou que não participa de processos licitatórios, não recebe e nunca recebeu nenhum tipo de verba pública, tendo atuado apenas como sociedade civil colaboradora.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?