“Me preparei para disputar o governo de SP”, diz Márcio França
França voltou a defender que tem mais viabilidade eleitoral que Haddad em São Paulo, e reluta em aceitar vaga para Senado
atualizado
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São Paulo – Márcio França (PSB) voltou a defender sua candidatura para o governo de São Paulo, em meio a queda de braço de seu partido com o PT para definir se ele ou Fernando Haddad irão participar da disputa.
O ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva defende o nome do petista e que França aceite concorrer ao Senado, mas o socialista está relutante em abrir mão de sua candidatura.
Em entrevista à CNN na tarde desta quinta-feira (10/2), França afirmou que se sente “no direito” de disputar essa eleição por ter ido para o segundo turno em 2018 contra o atual governador João Doria (PSDB) – o tucano teve apenas 10 milhões de votos a mais que o socialista – e que ele tem mais chances de ganhar no estado.
“Disputando a última eleição pau a pau com o atual governador, eu me sinto direito de disputar essa outra eleição pelo fato de ter sido um segundo colocado e ter ido para o segundo turno”, afirmou. “Eu me preparei para disputar o governo de SP, acho que sou a pessoa que pode fazer a candidatura mais ampla para derrotar o sucessor do Doria”.
França ainda disse que “algumas pessoas acham que as eleições estão encerradas porque Lula na frente em pesquisas”, e opinou que as eleições “vão começar a partir do instante em que as pessoas virem os candidatos”.
Ele ainda defendeu que, caso não haja consenso durante as discussões sobre a federação – se aprovada, PSB e PT terão que escolher juntos lançar apenas um candidato – ocorra uma “avaliação” para verificar a viabilidade de cada candidato ao governo de São Paulo. E se mostrou confiante que venceria nesta eventual análise.
“Lá no final, nós vamos ter que ter algum critério. Se tiver federação, só pode ter um candidato. E na proposta que foi feita [na discussão sobre a federação], em estados em que há um impasse maior a gente faria algum tipo de pesquisa de avaliação. Eu topo essas avaliações e não imagino que vou ter que deixar de ser candidato em São Paulo. Em qualquer momento que se testar, eu vou estar a frente da disputa e serei o candidato”, disse.