“Me nego a ir nessa bosta”: intimada a depor, Sara Winter debocha da PF
A militante pró-Bolsonaro foi alvo da nova fase da Operação Fake News, inquérito aberto pelo STF para investigar notícias falsas
atualizado
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A coordenadora do movimento a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, confirmou nesta segunda-feira (1º/6) que foi intimada pela Polícia Federal para depor na quara-feira (03/06), às 14h.
Nas redes sociais, a organizadora do acampamento 300 do Brasil disse que não vai comparecer à convocação. “Eu me nego a ir nessa bosta. Eu não vou prestar esclarecimentos sobre a minha conduta disciplinada de cidadã brasileira”, debochou.
Segunda a apoiadora de Bolsonaro, a PF entrou na casa dela “ilegalmente e sem se identificar”. Ela ainda desafiou a Polícia: “Vão me prender? Me tratar como bandido? Vão ter que se prestar a isso!”, escreveu no Facebook.
Na última quarta-feira (27/05), a organizadora do acampamento 300 do Brasil e outros apoiadores do presidente da República foram alvo da nova fase da Operação Fake News, desencadeada pela Polícia Federal. O inquérito é presidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga a disseminação de notícias falsas e ameaças contra ministros da Corte.
Além de Sara, o comandante Winston Lima, coordenador do Bloco Movimento Brasil, também foi intimado a depor na Polícia Federal. No Twitter, ele disse que recebeu o mandado de intimação e que nunca imaginou “sofrer tanto constrangimento por amar o seu país, defender a fé cristã e a família”.
Acabei de receber nova visita da Polícia Federal, agora com mandado de intimação para comparecer na Sede da PF, a fim de prestar esclarecimentos. Nunca imaginei sofrer tanto constrangimento por amar o meu País, defender a fé cristã e a família.
— Comandante Winston Lima (@cmtewinston) June 1, 2020
Intimação do TJDFT
No início desta tarde, o desembargador Diaulas Ribeiro, da 8ª Turma Civil do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), também mandou intimar Sara Winter em processo contra acampamento pró-governo.
O magistrado determinou que um oficial de Justiça encontre a militante, seja no acampamento, seja na residência dela, para entregar a intimação. Segundo a decisão, se ela quiser, poderá prestar contrarrazões.