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“Me mostrou quadrinho pornô”: vítima detalha ação de médico suspeito de crimes sexuais; vídeo

Jovem conta que foi abusada por ginecologista quando tinha 12 anos, durante um exame. Cerca de 50 vítimas já teriam procurado a delegacia

atualizado

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Ginecologista violação sexual goias
1 de 1 Ginecologista violação sexual goias - Foto: Reprodução

Goiânia – A aromaterapeuta Kethleen Carneiro, hoje com 20 anos, usou sua página no Instagram para relatar que foi uma das vítimas do médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos. Ele foi preso de forma preventiva nessa quarta-feira (29/9), em Anápolis, cerca de 60 km de capital goiana, por suspeita de violação sexual mediante fraude.

Kethleen conta que foi abusada pelo profissional quando tinha 12 anos, durante um exame de rotina. O ginecologista teria pedido para que a mãe da então adolescente saísse da sala e pediu para que a vítima tirasse a roupa, como se fosse mais uma parte do procedimento médico.

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Vítima relatou abuso em sua página no Instagram
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Ginecologista Nicodemos é suspeito de violação sexual mediante fraude

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Vítima relatou abuso em sua página no Instagram

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“Deitei na maca de novo, e aí ele veio com a ideia de me mostrar os pontos G do corpo. Eu estava sem entender, eu não tive reação nenhuma. Só fiquei paralisada, quietinha. Ele foi mexendo lá”, conta a aromaterapeuta.

A vítima foi até a Delegacia da Mulher prestar depoimento na manhã desta quinta-feira (30/9). Ela relata que o médico chegou a mostrar conteúdo pornográfico, durante a consulta.

“Eu sentei lá na cadeira, e ele foi me falar que é diferente homem com mulher e começou a me mostrar quadrinho pornô. Gente! Eu tinha 12 anos. O que é isso?”, desabafa.

Mais vítimas

Depois que o médico foi preso, várias mulheres ligaram para a Delegacia da Mulher de Anápolis a fim de denunciar o ginecologista. A maior parte é de Goiânia, Brasília e Pirenópolis (GO). Cerca de 50 vítimas já teriam procurado a Polícia Civil.

Kethleen conta que na época em que foi vítima do médico não teria se dado conta de que aquilo era um abuso, um crime. Pontua que só depois foi compreender.

“Eu não soube diferenciar, porque na época não era tão falado, não estava tão explícito quanto é hoje. Então, eu não soube, não falei para ninguém. Hoje em dia que fui contar para minha mãe, para as pessoas, porque agora eu entendo que aquilo foi um abuso.”

Nicodemos é suspeito do crime de violação sexual mediante fraude contra três vítimas de Anápolis (GO). O profissional já tem uma condenação pelo mesmo crime em Brasília (DF). Ele também já foi denunciado por uma suposta vítima do Paraná, mas o caso foi arquivado.

Sem cunho sexual

A defesa do ginecologista informou que, até o momento, só teve acesso a algumas peças do inquérito policial. Nesses documentos só haveria o simples exercício profissional, segundo o advogado Carlos Eduardo Gonçalves Martins.

“O médico em nenhum momento realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual”, diz nota da defesa.

O advogado também afirmou que vários pacientes de Nicodemos ligaram para familiares do médico, assustados com a prisão, e se prontificaram a prestar depoimento em favor do ginecologista.

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